PUBLICIDADE

Dois são presos em Cuiabá acusados de desviarem verbas destinadas à saúde

PUBLICIDADE

Ronildo Pereira de Medeiros e Luiz Antônio Trevisan Vedoin foram presos, esta manhã, em Cuiabá, acusados de envolvimento em um suposto esquema de desvio de verbas provindas de emendas parlamentares destinadas a hospitais filantrópicos. Gilmar Aparecido Alves Bernardes foi preso na cidade de Presidente Prudente (SP). Os três são alvos da operação Sanctorum, realizada pela Polícia Civil da cidade paulista.

Em Cuiabá, além das prisões nas casas de Medeiros e Vedoin, os policiais também deram cumprimento a mandados de buscas e apreensões. Medeiros e Vedoin já haviam sido presos na Operação Sanguessugas, em 2006, em relação a venda de ambulâncias superfaturadas.

“As investigações apuraram que o grupo coopta provedores de hospitais filantrópicos, muitas vezes com a promessa de pagamento de vantagem indevida e, em seguida, com a liberação dos recursos, a mesma organização empresarial criminosa ingressa na venda dos produtos por meio de empresas 'fantasmas' registradas em nome de 'laranjas', com a venda de produtos em valor muito superior ao de mercado, isso quando efetivamente ocorre a entrega”, apontou a Polícia Civil.

“As investigações de Polícia Judiciária demonstraram, ainda, que no início de 2012, Ronildo Pereira de Medeiros, agindo com o cooptador para a área do Estado de São Paulo e Norte do Paraná, Gilmar Aparecido Alves Bernardes, realizaram uma reunião no Hotel Colúmbia, na cidade de São Paulo, em que participaram Antonio José Aldrighi dos Santos e outros vinte provedores de hospitais públicos e filantrópicos, quando então os provedores e diretores entregaram uma lista de equipamentos de interesse aos nosocômios, ao assessor do então deputado federal e líder do governo federal, à época, Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza”, pontua a corporação.

Ainda segundo a polícia, os participantes saíram da reunião cientes de que com a liberação das verbas as compras deveriam ser realizadas diretamente das empresas indicadas por Medeiros, sendo estas as instituições fantasmas gerenciadas pelo empreendimento criminoso. Para Santa Casa de Presidente Venceslau, a promessa inicial consistia na liberação de R$ 2,8 milhões, quantia que acabou sendo reduzida a R$ 800 mil.

A investigação também verificou que após o repasse dos valores às contas das Santas Casas, Medeiros passou a enviar os equipamentos, simulando notas de doações emitidas por uma empresa fantasma. Em um levantamento da CPJ, apurou-se junto à Vigilância Sanitária do local da sede, em Carapicuíba (SP), que tal instituição nunca existiu fisicamente naquele endereço.

“Em seguida, em nova reunião, desta vez na sede da Santa Casa, Pereira apresentou definitivamente Vedoin como sendo o proprietário da empresa Denivaldo Mateus de Lima Ltda.-ME. Na oportunidade, segundo versão unilateral do provedor, Pereira teria proferido grave ameaça na presença de Vedoin e de outros funcionários e conselheiros da Santa Casa de Presidente Venceslau”, disse a Polícia Civil.

Outro lado – as defesas de Medeiros, Vedoin e Bernardes ainda não se pronunciaram sobre as prisões e as acusações.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE