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Diretor de cadeia de Várzea Grande é preso por extorsão

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O diretor da Cadeia Pública Capão Grande de Várzea Grande, Rodrigo Lara da Silva, 26, foi preso em flagrante por extorsão. A prisão foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) após o acusado receber R$ 500 do proprietário da empresa que fornece alimentação para os reeducandos. O dinheiro seria a entrada de um acerto, que renderia ao servidor aproximadamente R$ 25 mil.

O diretor da cadeia ameaçava o empresário dizendo que iria questionar a qualidade da comida junto a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e se necessário promoveria ações, como abaixo-assinado e rebeliões, para cancelar o contrato.

A vítima fez uma denúncia há cerca de 2 meses, quando o Gaeco iniciou as investigações.

O promotor Joelson Campos Maciel informou que Silva será denunciado pelo crime de extorsão. A pena para o crime varia de 2 anos a 8 anos de prisão.

Ontem, Rodrigo Lara marcou um encontro com o proprietário da empresa em um restaurante, localizado na Avenida Barão de Melgaço, para discutir o valor da extorsão. O dono da marmitaria levou R$ 500, que foram entregues para o diretor como adiantamento.

Depois do almoço, os policiais abordaram o diretor na saída do estabelecimento e confirmaram a presença do dinheiro no bolso dele. Ele foi encaminhado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Verdão. No local, foi lavrado o flagrante e as partes envolvidas foram ouvidas pelo delegado de plantão, André Renato.

Um dos parentes da vítima, que preferiu não se identificar, disse que a empresa de marmitaria é familiar e fornece cerca de 10 mil refeições diárias para o sistema carcerário nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Rondonópolis e Santo Antônio do Leverger.

O governo paga R$ 6,31 pela diária de cada preso, que inclui café da manhã, almoço e jantar. Ele explica que para obter lucro, os familiares chegam a empresa 3h da manhã e precisam ser bons negociadores na hora de comprar os produtos.

O valor cobrado pelo diretor é considerado pelos familiares como mais da metade do lucro do estabelecimento, que apenas na cadeia do Capão Grande entrega alimentação para cerca de 200 pessoas.

A Sejusp anunciou ontem mesmo que Pedro Pio irá assumir a direção da cadeia.

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