Aproximadamente duas horas. Este foi o tempo necessário para a Polícia Civil de Sinop, Exército e o Goe (Grupo de Operações Especiais) detonar os três morteiros, granada e munições apreendidos no quintal de uma residência na semana passada. O procedimento foi realizado na arena de rodeios do parque de exposições Acrinorte onde, anualmente, ocorre a Exponop – feira agropecuária. Os preparativos para a explosão do material, envolvendo inclusive o transporte das peças, começaram por volta das 17h30. A explosão foi comandada pelos agentes do Goe.
Em duas ocasiões a detonação do material falhou e representantes das instituições precisaram repetir o procedimento. “A primeira [tentativa] foi no elétrico mas devido ao mal tempo e escuro não foi acionado. Então trabalhamos com mais duas possibilidades de acionamento. Na segunda foi usada o explosivo hidráulico. Foi feita a destruição mas não por completo, foi parcial. Fizemos análise e percebemos que era necessário fazer uma terceira carga para finalização. Foi utilizada novamente espoleta hidráulica com banana de dinamite e cordel detonante para fortalecer mais a detonação do material”, explicou o chefe de operações do GOE, Joelson da Costa Almeida. O procedimento não foi acompanhado por populares. O estouro pôde ser ouvido a uma distância de aproximadamente cinco quilômetros.
De acordo com Almeida, do material destruído, apenas a granada apresentava perigo para as crianças e as demais pessoas que tiveram contanto com o material. “Após essa destruição, pôde constatar que tinha uma granada de mão, de uso defensivo, privativo do Exército, que continha material explosivo, tanto é que foi totalmente desmantelada”, destacou.
As autoridades ainda investigam a procedência do material bélico, como também o período dos objetos. A Polícia Civil comanda a apuração dos fatos e nos últimos dias ouviu testemunhas, entre as quais populares que encontraram o armamento e proprietário da casa alugada.
Conforme Só Notícias já informou, os dispositivos – de uso exclusivo do Exército – foram localizados por duas crianças, de 6 e 8 anos, enquanto brincavam no quintal de casa, na rua das Samambaias, próximo ao estádio. Quando encontraram um dos morteiros, chamaram a mãe, Regina Ferreira dos Santos, para ver “um cano”. Ela achou estranho o que viu e acionou a polícia.
A casa onde os explosivos foram achados é alugada. Nesta tarde representantes do Exército estiveram na localidade realizando mais uma vistoria. As autoridades querem saber qual a origem do material e o motivo pelo qual estava enterrado.
(Atualizada às 20h13)
Restos das munições e buraco causado com explosão