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Detento de penitenciária em Cuiabá aplicou golpe morador de Lucas do Rio Verde

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Investigação referente um golpe levou a Polícia Civil de Poconé a solicitar buscas em uma cela na Penitenciária Central do Estado (PCE), na última quarta-feira (18), em Cuiabá. Um detento foi identificado como o autor das ligações que fizeram três vítimas nas cidades de Lucas do Rio Verde, Poxoréu e a terceira no interior de Minas Gerais. Juntas as vítimas tiveram prejuízo em mais de R$ 7 mil.

Agentes do Sistema Prisional apreenderam na cela em que ele estava quatro celulares, chips, cartões de memórias e anotações. Os aparelhos estavam escondidos em um buraco na parede da cela e as anotações embaixo do colchão. As vítimas identificadas pela Polícia Civil são donas de restaurantes. Mas a Polícia Civil também encontrou nas anotações do preso outros segmentos como lojas de  materiais de construção.

A vítima de Poxoréu, em boletim de ocorrência, informou que recebeu uma  encomenda de 140 marmitas. Para confirmar a compra, o suposto comprador enviou cópia de um falso depósito com valor a maior do que havia combinado, pedindo para a vítima devolver a diferença, cerca de R$ 2 mil, efetuando novo depósito. A assessoria de imprensa da Polícia Civil não confirmou quem foi vítima do golpe em Lucas do Rio Verde e nem quanto esta pessoa teve de prejuízo.

A conta corrente usada foi rastreada e levou a duas pessoas moradoras de Poconé, que teriam sido aliciadas por uma mulher, conhecida do presidiário. Os dois correntistas foram ouvidos  e contaram que emprestaram a conta à mulher, para que um amigo dela pudesse receber um dinheiro de herança.

O delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior informou que o preso, que não teve o nome divulgado, será indiciado por crime de estelionato e deve perder o benefício do regime semiaberto, que estava prestes a receber. “As anotações estão sendo analisadas e nelas constam nomes de vítimas, contas correntes e números de telefones. Não resta dúvida de que seja ele, embora negue".

Para a Polícia Civil, os dois correntistas são pessoas humildes e teriam cedido as contas sem receber benefício nenhum. O delegado e o investigador que trabalham no caso destacaram a atenção prestada pelo Sistema Prisional, que de imediato, custodiaram as buscas na cela. “Foram muito dedicados e sérios quanto ao nosso pedido”.

O preso é natural de Minas Gerais e têm duas condenações de tráfico de drogas, cujas penas somam mais de sete anos de reclusão.

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