Uma quadrilha, comandada por um traficante do interior da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foi desarticulada no município de Peixoto de Azevedo (217 quilômetros de Sinop), ontem, pela Polícia Civil. Treze membros da organização, que gerenciavam o comércio de drogas na cidade, foram presos na operação "Boas Vindas".
De acordo com o delegado Ferdinando Frederico Murta, sete dos presos tiveram mandado de prisão cumpridos, sendo cinco preventiva e duas temporária (30 dias) e outras seis pessoas foram autuadas em flagrante na posse de drogas, arma e munições.
Ainda durante a operação, a Polícia Civil apreendeu um quilo de maconha, 2,5 quilos de pasta base de cocaína – que renderia a quadrilha cerca de R$ 40 mil ao bando – R$ 2 mil, em dinheiro, um revólver calibre 38 municiado e oito munições intactas.
As investigações apontam que a quadrilha era comandada por um detento da PCE, antigo morador da cidade de Peixoto de Azevedo que ainda mantém familiares na localidade, todos atuando no tráfico de drogas a seu mando. Tanto que entre os presos está a irmã do reeducando e sua mulher.
O traficante tem passagens por roubo, tráfico de drogas e homicídio e há cerca de um ano foi recapturado em Manaus (AM). Ele é um dos envolvidos no roubo seguido de sequestro de um jovem na cidade de Matupá, ocorrido em outubro de 2012. Ao todo, cinco pessoas foram responsabilizadas pela ação criminosas e respondem por crimes de roubo majorado seguido de extorsão mediante sequestro. O traficante também é apontado como suspeito na morte de um médico legista em Guarantã do Norte.
Um dos braços forte do traficante é D.R.A.S., 18 anos, que quando menor passou um ano, no Complexo do Pomeri, na capital, cumprindo medida socioeducativa de homicídio. O suspeito era o principal alvo das investigações por gerenciar o tráfico de drogas na região.
Com o traficante os policiais apreenderam o revólver calibre 38 e na casa da mãe dele os 2,5 quilos de pasta-base de cocaína.
A quadrilha, segundo a Polícia Civil apurou, usava menores em todas as transações de drogas. "Tanto na busca quanto na venda. Quando iam buscar a droga sempre levavam um menor, se caso fossem pegos o menor assumiria a posse do entorpecente", destacou o delegado Ferdinando.
Os presos responderam por tráfico de drogas e associação para o tráfico e Diego ainda por posse ilegal de arma de fogo.