A Polícia Civil desarticulou, neste final de semana, durante a operação “Jamanta”, um esquema de entrada de drogas e celulares na cadeia de Pedra Preta (região Sul). O comerciante E.L.S., 73 anos, e L.B.D., 41 anos, foram presos em flagrante e vão responder por associação criminosa, ingresso de aparelho celular no interior de unidade prisional e tráfico de entorpecentes.
Outros dois homens, já recolhidos na cadeia, foram indiciados e também vão responder pelos mesmos crimes. O comerciante, pai de um dos reeducandos, adquiria celulares usados e os repassava a L.B.D., uma das responsáveis pelo preparo das refeições dos presos.
Durante as diligências, no último sábado (26), policiais civis com o auxílio dos agentes penitenciários realizaram uma vistoria do café da manhã que seria servido aos presos e encontraram três trouxinhas de pasta base de cocaína escondidas em um dos pães. Uma varredura foi realizada no interior da cadeia, que resultou na apreensão de várias armas artesanais e muitos aparelhos celulares.
A equipe diligenciou até a residência de L.B.D. e lá foram apreendidos diversos documentos, garrafas térmicas, aparelhos celulares e carregadores, os quais seriam destinados às mãos de seu primo, um dos detentos, nos próximos dias.
As investigações revelaram que L.B.D. inseria os aparelhos celulares e os acessórios nas garrafas térmicas contendo chá ou café. Conforme o monitoramento, detento comercializava os celulares a valores de cinco a dez vezes superiores ao do mercado aos presos que compartilhavam a mesma ala e que eles mantinham contato telefônico com seus familiares e outras pessoas do exterior da cadeia.
“Os presos comercializavam os aparelhos celulares usados e em questionável estado de conservação por cerca de R$ 200, os chips eram vendidos por R$ 30 e os carregadores por valores entre R$ 50 a R$ 100”, informou o delegado de polícia Sebastião Lopes.
O nome da operação tem origem no apelido de um dos detentos da cadeia.
