Os delegados de polícia Richard Damasceno Lage, de Sinop, e Helena Yloíse de Miranda, de Cláudia, presos na Operação “Arrego”, desencadeada pelo Ministério Público Estadual na terça-feira passada, entraram com pedido de habeas corpus na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O recurso chegou ontem à tarde para o relator Paulo da Cunha. Hoje, os desembargadores devem se reunir, mas devido ao pouco tempo para análise por parte do relator, pode não entrar na pauta.
Richard e Helena são acusados de integrarem um esquema que acobertava o jogo do bicho de João Arcanjo Ribeiro, conforme investigações do Ministério Público. O advogado dos dois, Ricardo Monteiro, informou para A Gazeta, que possui provas de que seus clientes apenas cumpriram ordens superiores.
Na decisão da juíza de Cláudia, Virgínia Viana Arrais, constam as transcrições telefônicas entre os gerentes do tráfico. A delegada de Cláudia teria pedido inicialmente R$3 mil para derrubar os concorrentes da Colibri e acertado depois por R$1,5 mil, mas teria se acertado com a outra facção. Os diálogos também mencionam que, supostamente, teriam sido destinados em R$9 mil para o delegado Richard Damasceno, que nega as acusações e diz ser vítima da disputa de grupos pelo controle do jogo do bicho.
Durante a operação também foram presos dois policiais civis e cinco militares. O mandado de prisão dos acusados expira amanhã, quando o MP também deve enviar denúncia à Justiça.