A partir de hoje o inquérito policial que investiga o assassinato do Capitão do Exército Brasileiro Rodrigo Elpídio da Silva, 33, executado a tiros na noite de sábado (14), vai correr em segredo de Justiça. O pedido foi feito pelo delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para evitar “interferências no curso da investigação que possam prejudicar o resultado final”. Pieroni admite que o caso tem apresentado “alguma dificuldade na investigação” e o segredo de Justiça visa dar mais tranquilidade e segurança às testemunhas arroladas. No entanto, o delegado não confirmou a denúncia recebida por A Gazeta de que entre os envolvidos estariam jovens vindos de famílias influentes da cidade. O inquérito é presidido pela delegada adjunta, Anaíde Barros.
Entre as testemunhas estão vários integrantes do Exército, que participavam de uma festa no local onde ocorreu a execução. As primeiras informações levantadas pela polícia seriam de que o crime teria acontecido depois de uma discussão por motivo fútil. Rodrigo, que estava armado com uma pistola Ponto 45, de uso exclusivo das Forças Armadas, ainda tentou se defender, mas a arma falhou. Foi atingido por 2 tiros e morreu ao dar entrada no hospital.
De acordo com a delegada Anaíde Barros, várias testemunhas serão arroladas no transcorrer das investigações. Admitiu que já existe identificação positiva de alguns dos jovens que estariam ocupando o veículo Gol vermelho, de onde foram feitos os disparos que resultaram na morte do capitão. Pelo menos 3 jovens ocupavam o veículo que deixou o local, seguido de outro carro. Ele teria se aproximado do veículo para tirar satisfação pelo fato de eles terem “mexido” com uma jovem, que como o militar, aguardava que o portão da residência da festa fosse aberto. Enquanto discutia com o motorista do carro, um dos passageiros fez o disparo. A arma do militar, por ter sido adaptada para usar munição 9mm ou 380, acabou travando.