O delegado de Chapada dos Guimaraes, João Bosco de Barros, começa a intimar, amanhã, familiares da advogada Ludmilla Rodrigues Nardez, 33 anos, cujo corpo foi encontrado dentro do Peugeot 207 preto na rodovia MT-251, na sexta-feira (13), para prestarem esclarecimentos. Bosco explica que trabalha com a hipótese de acidente, uma vez que, apesar de existirem rumores de que a advogada tinha histórico de depressão e lutava contra a doença, ainda não ouviu nenhum familiar até o momento para confirmar qualquer fato.
Ele lembra ainda que o local onde o carro foi localizado, após despencar cerca de 20 metros, fica um pouco distante do Portão do Inferno, despenhadeiro de 75 metros de altura, onde há registros de mortes apontadas como suicídio. Os laudos periciais que estão sob responsabilidade do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá também são aguardados pelo delegado para a conclusão do caso. "Pela urgência do caso, é possível que fiquem prontos antes de 30 dias", esclarece o delegado que também solicitou exames que devem comprovar se a advogada havia ingerido algum tipo de droga ou medicamento.
De acordo com João Bosco, à medida em que os parentes forem localizados, serão intimados para prestarem esclarecimentos já no dia seguinte. A hipótese de suicídio só será investigada se após a investigação ainda restar alguma dúvida sobre a morte de Ludmilla. "Mas acredito que os laudos do acidente e também os depoimentos de familiares serão suficientes para esclarecer o fato", enfatiza o delegado.
O corpo da advogada foi localizado na tarde de sexta-feira dentro de seu veículo, um Peugeot 207 preto despencado de cerca de 20 metros na localidade conhecida como Portão do Céu. A vítima trajava camisola e estava desaparecida desde à noite de quinta-feira (12). Dentro do carro havia ainda medicamentos e um par de pantufas coloridas. Ao comunicar a Polícia Civil sobre o desaparecimento, familiares haviam relatado sobre o histórico de depressão da advogada.