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Delegado explica ‘onda de mortes’ em Sorriso e detalha ‘guerra de facções’; “muitos jovens”

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Só Notícias/Kelvin Ramirez com Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres - atualizada 08:49h)

O aumento significativo de homicídios em Sorriso nas últimas semanas vem alertando as forças de segurança do município. De janeiro a junho houve 20 mortes, de acordo com levantamento da secretaria estadual de Segurança Pública. Entretanto, os números são ainda maiores contabilizados com os do último mês, quando houve mais 10 execuções, conforme informou Só Notícias.

Recém chegado na delegacia de Polícia Civil de Sorriso, o delegado Eugênio Rudy Júnior explicou sobre a onda de homicídios nos últimos 15 dias, que resultaram na morte de 11 pessoas (ontem à noite, houve mais um assassinato). “Tivemos a instalação de oito inquéritos policiais, onde desses são de 10 homicídios ocorrido nos últimos 15 dias. Em quatro desses já temos autoria delimitada, nos demais estamos em diligências e reforçando a divisão de homicídios visando saber toda a autoria e materialidade desses homicídios que estão acontecendo”, explicou.

Segundo Eugênio, as investigações apontam para uma possível divisão entre uma facção no município, que culminou em vários assassinatos. “Temos concretamente uma facção criminosa que alguns dissidentes montaram outra facção e está tendo uma guerra entre eles. Infelizmente, está culminando com esse clamor social porque a vida é o bem mais importante que temos, infelizmente por atos impensados por agentes criminosos várias vítimas estão vindo a óbitos”, detalhou.

O delegado destacou que é necessário cautela na investigação e apuração das mortes antes da finalização do inquérito. “A Polícia Civil está atenta e quero deixar aqui muito transparente que o crime de homicídio chama atenção da polícia e que nós temos elementos para indiciar pessoas em quatro inquéritos policiais. Temos que ter também discernimento que uma investigação criminal. Por mais que queiramos concluir ela dois ou três dias, devemos substanciar o inquérito policial para que a gente consiga elementos para o Ministério Público fazer a ação penal”.

Além do modus operandi utilizados pelos criminosos serem similares durante a execução, chama atenção também a idade dos envolvidos, sendo a maioria das vezes jovens. “De fato são pessoas muito jovens, algumas das quais entraram no crime e, infelizmente, vieram a óbito. Esse é um perfil que estamos traçando para saber características peculiares de cada caso, mas é fato que cada um deles estão envolvidos diretamente com o crime. Porém, isso também não diminui e nos deixam desmotivado para investigar”, finalizou.

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