O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana, em entrevista ao Só Notícias, disse que sua equipe continua fazendo a comparação entre os lotes de agrotóxicos que foram apreendidos, no dias 17 e 19 deste mês, em uma fazenda em Santa Carmem (38 quilômetros de Sinop), com os de produtos que foram furtados em fazendas da região Norte.
“Três destes lotes aparecem como sendo furtados. Os números de origem que constam nas embalagens batem com os defensivos que foram levados em uma das fazendas, na região Norte, no ano passado, conforme consta também na própria denúncia feita pelo proprietário. Apreendemos 52 tipos de produtos, mas o valor ainda não foi possível definir. Os preços variam de produto para produto, mas é alto o valor da apreensão”.
Ele explicou que tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito e remetê-lo ao juiz criminal de Sinop. “Se dentro deste prazo, se não concluirmos nossa investigação, também pediremos a prorrogação”.
Conforme Só Notícias já informou, os policiais cumpriram um mandado, expedido pela justiça, e a quantidade apreendida está sendo conferida para apontar estimativa do valor. A carga foi trazida para Sinop em um caminhão e em uma viatura policial. "Localizamos significativa quantidade de defensivos agrícolas sem origem comprovada. A Politec nos acompanhou no local e constatou armazenamento e descarte irregular [embalagens] deste produto que é altamente nocivo, diretamente no solo. Em razão disso, o proprietário já foi indiciado pelo crime de armazenamento irregular de defensivos agrícolas. A partir de agora, vamos trabalhar para investigar a procedência desse produto. Se, eventualmente, for confirmado que é de origem criminosa, de roubo ou furto, ele também será indiciado pelo crime de receptação", afirmou o delegado, na entrevista no mês passado.