A morte do advogado Milton Queiroz Lopez, de 51 anos, no próprio escritório dele, no centro de Juara (291 quilômetros de Sinop) foi encomendada e executada por pistoleiros. A confirmação foi feita pelo delegado da Polícia Civil responsável pelas investigações do caso, Albertino Félix de Brito, em entrevista, ao Só Notícias. “O advogado estava trabalhando, exercendo o Direito. Foi algo muito grave e chocou bastante os moradores da região. Os presos foram ouvidos. Um deles contou que envolveu dinheiro, pistolagem. Um crime encomendado, mas a polícia ainda está em investigação. Já sabemos que foi um crime de execução por encomenda de pistoleiros”. “Os dois presos são réus confessos. Um ficou em silêncio durante o interrogatório”.
De acordo com o delegado, os dois homens, de 48 e 23 anos, preso por envolvimento no crime estavam morando em Sinop. “Inclusive a caminhonete que usaram para fugir após o crime tem placas de Sinop”. “A prisão foi graças a um trabalho muito bem feito com a troca de informações”.
O crime ocorreu na terça-feira pela manhã. Toda a ação criminosa foi gravada pelas câmeras de segurança. O suspeito entrou no escritório e teria simulado que precisava de atendimento, ficou alguns minutos na sala de Milton, que estava vendo alguns papéis quando o assassino se levantou, tirou o revólver da cintura e deu três tiros à queima-roupa, a menos de um metro de distância. O advogado estava sentado e não teve chance de tentar se defender. Dois disparos foram na cabeça e ele conseguiu andar alguns metros, caindo na porta do escritório.
Já os dois homens foram presos pela Força Tática de Sinop, na MT-220, nas proximidades de Americana do Norte pouco tempo depois e apreendido revólver com seis munições. Eles foram indiciados por homicídio qualificado e por porte ilegal de arma de fogo. Os dois foram encaminhados para cadeia de Juara e já tiveram as prisões convertidas em preventiva pela justiça.
O corpo de Milton Queiroz foi trasladado, de avião, para cidade de São Francisco de Sales, Minas Gerais. De acordo com o presidente da 20ª Subseção da Ordem dos Advogados de Brasil (OAB), Ghyslen Robson Lehnen, que acompanhou toda a situação, o advogado atuava há muitos anos nas áreas civil, criminal e trabalhista.