O Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) apreendeu, de janeiro a abril deste ano, 443 quilos de drogas. O número representa um aumento de 263% nas apreensões em relação ao mesmo período do ano passado, quando o grupamento especializado apreendeu 122 quilos.
Há 13 anos o Gefron desempenha atividades de combate a crimes como tráfico de drogas, contrabando e descaminho de bens e valores, evasão de divisas e roubos de veículos ao longo dos 983 quilômetros de fronteira seca e alagada que separam o Brasil e a Bolívia.
Os 98 policiais atuam em barreiras móveis e fixas, em operações, no patrulhamento nos mais de 200 quilômetros de fronteira alagada, nas rodovias e estradas vicinais. Atualmente o Gefron conta com três postos de fiscalização: Matão (no município de Pontes e Lacerda), Vila Cardoso (em Porto Esperidião), Avião Caído (em Cáceres), além da base do Gefron em Porto Esperidião. Os policiais também atuam em parceria nos seis postos fixos do Indea do Corixa, Corixinha, Las Petas, Fortuna, Ponta do Aterro e Marfil.
O sucesso do difícil trabalho executado pelos policiais na faixa de fronteira é traduzido em números, com o aumento, nos quatro primeiros meses deste ano, em 65% de munições apreendidas, 175% de aumento no cumprimento de mandados de prisão e mais de 50% de aumento de veículos localizados e recuperados na faixa de fronteira. Todos os números comparativos ao mesmo período do ano passado.
O trabalho do grupamento especializado ganhou um aumento no ano passado com importantes investimentos feitos pelo governo federal por meio do programa Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), com a aquisição de equipamentos de alta tecnologia, embarcações, armamento, computadores, notebooks e outros equipamentos tecnológicos.
Mato Grosso é um dos 11 estados que fazem fronteira com outros países que participam do programa, que tem como foco melhorar a estrutura material das unidades da segurança pública nas regiões de fronteira e, com isso, proporcionar condições para que as polícias consigam coibir, de forma mais qualificada, crimes típicos transfronteiriços como tráfico de drogas e contrabando e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população que reside na região de fronteira.
Desde o ano de 2011, quando iniciou o convênio com o governo federal, até o ano passado, já foram investidos R$ 26 milhões, contemplando 28 unidades da faixa de fronteira da Polícia Militar, 24 da Polícia Judiciária Civil, três da Politec, seis Núcleos de Inteligência da polícia, o Centro de Comando e Controle de Cáceres, Gefron e Canil Integrado.