Quinze pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha de tráfico de entorpecentes, presas esta semana em Alta Floresta, teria ramificações em Sinop e Colíder. Destas, dois são menores de 18 anos.
O comércio de drogas na cidade já era investigado pela Polícia Judiciária Civil, mas começou a ser desestruturado na quarta-feira, com uma denúncia feita à polícia. A informação era que uma casa estava sendo usada como ponto de venda de drogas (boca-de-fumo) e que ali haveria entorpecentes. Cinco pessoas foram autuadas em flagrante por policiais civis. Lá foram apreendidos 3 quilos de maconha.
Uma bolsa contendo outros 5 quilos de maconha foi jogada nas imediações antes dos investigadores entrarem na casa, mas foi encontrada pela Polícia Militar e entregue na delegacia.
Um homem conhecido por “Ceará” é apontado como chefe desse grupo. Após a prisão da organização criminosa, a polícia passou a monitorar o telefone celular dele e constatou que o volume de ligações era grande. As escutas telefônicas e os interrogatórios dos integrantes da quadrilha levaram para a prisão no dia seguinte de outros dois homens e um adolescente de 17 anos.
Na sexta-feira à noite, um casal foi preso em Colíder, e mais um traficante em Alta Floresta, identificado como “Neguinho”. Este último era quem comandava o comércio ilícito de drogas no município. Ele estaria disputando o mercado com o principal fornecedor de drogas da região, preso em Sinop. “Tudo começou a desandar em razão do conflito interno deles”, afirma o delegado, Bráulio Junqueira, regional de Alta Floresta. Outras duas pessoas presas estão envolvidas no tráfico de drogas da região.
Segundo o delegado em uma das chamadas telefônicas feitas a “Ceará”, o acusado preso em Sinop pede para ele buscar um carro na cidade e trocar por drogas. “O fornecedor não sabia que Ceará estava preso. A ligação levou os policiais até o esconderijo dele em Sinop”, afirma o delegado. “Além das conversas telefônicas ficou bem claro pelos depoimentos como funcionavam a quadrilha”, completa.
A Polícia Civil apreendeu, no total, 8 quilos de maconha, um quilo e 100 gramas de pasta base, 150 gramas de cocaína, balança de precisão. Também foram apreendidos aparelhos eletrônicos como notebook, aparelhos de som, televisores, celulares, sete motos e um revolver calibre 38. A arma estava na boca-de-fumo do bairro Jardim das Araras. O grupo também vai responder por porte ilegal de arma.