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Advogada de Sorriso alega não saber que colchão tinha drogas e é transferida para Sinop

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O delegado Thiago Garcia Damasceno concedeu entrevista, agora há pouco, para falar sobre a detenção de uma advogada de 49 anos, no início desta tarde, que tentava entrar no Centro de Ressocialização com um colchão que em seu interior havia uma quantidade de maconha (peso não revelado). “Ela disse que simplesmente foi fazer a entrega. Para ela, era um colchão que estava embalado e não tinha nenhuma droga dentro. Ela confiou no preso”.

Damasceno afirma que a advogada e o preso conversaram por celular (ele de dentro da cadeia) e combinaram o transporte do objeto. “A versão dela é que ficou com pena do detento, pois ele dormia em um colchão úmido. Ela não soube justificar a origem do colchão. O escritório dela apresentou a versão de que um taxista não identificado deixou o objeto lá, mas até agora não sabemos que taxista é este”.

O delegado afirmou que tanto a profissional quanto o detento que receberia o objeto, R.L.G.S., 19 anos, que foi preso por assalto, foram responsabilizados por tráfico de drogas. “Acredito que é uma atitude comum entre os advogados [levar objetos aos clientes presos], mas é preciso se precaver, saber qual é a origem do objeto, quem te entregou, está vindo de quem, revistar o objeto. O simples fato dela transportar ou mesmo manter no escritório aquele objeto recheado com droga, ou com uma arma, já é um delito. Lógico que um advogado, como conhecedor das leis, tem que fazer a revista, saber a origem do objeto, fato que ela não fez. Vamos checar a origem desse objeto, saber de onde veio, para checar se a versão dela tem alguma validade, mas inicialmente há indícios de que ela transportou droga para a cadeia e foi presa em flagrante”.

Após o fato, o delegado disse que irá checar com mais calma a atuação da advogada. “Vamos checar qual era a frequência dela na cadeia, se ela tinha o hábito de entregar objetos para os presos – o que é muito difícil pois o tráfico de drogas você precisa ter a materialidade do crime. É muito difícil saber se ela teve alguma conduta criminal anteriormente, mas de qualquer forma iremos checar”.

Damasceno também falou com o detento que receberia o colchão e este disse que não é usuário de droga e nem traficante. “Ele disse que a droga não era para ele, que queria simplesmente o colchão. Um amigo seu, que seria ex-detento, teria prometido mandar. Ele disse o primeiro nome do amigo, mas até agora não conseguimos identificar”.

O delegado disse que a pena mínima para o crime cometido pela advogada é de cinco anos e máxima de 15. “Ela foi presa, o flagrante está sendo comunicado ao Poder Judiciário e já foi conduzida à cadeia de Sinop, pois não há local para a manutenção de mulheres na delegacia”.

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