Eleony Luiz de Andrade, 34 anos , acusado de torturar física e psicologicamente o filho biológico de cinco anos, em Cuiabá, teve a prisão preventiva decretada pelo juízo da 14ª Vara Criminal. A prisão foi cumprida, esta noite, enquanto era interrogado pela Polícia Civil, e negou as agressões. Ele foi preso pela Polícia Militar no terminal rodoviário em Sorriso, nesta segunda-feira. Ao ser abordado, Eleony confirmou que era de Cuiabá e que estava sendo acusado do crime. Disse que deixou a capital após o anúncio da morte da criança, domingo de manhã, por orientação de familiares.
Conforme Só Notícias já informou, ele disse, em entrevista, que não é o autor das agressões, apontando inclusive que seria outra pessoa do convívio da criança. Alegou que pretendia voltar para Cuiabá. Já, a versão de familiares é que ele pretendia fugir de Sorriso para a Bahia, onde tem parentes.
Ao negar o crime, tentou justificar a fuga após a morte do filho, pelo fato de em outra ocasião ter sido envolvido em um problema com a polícia e passado por uma ‘situação difícil’. Ele foi encaminhado, esta tarde, para Cuiabá e depois de passar por exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML), foi conduzido à Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica), onde foi ouvido pelo delegado Eduardo Botelho.
O menino foi hospitalizado na tarde de sábado (20), depois de apresentar quadro convulsivo. A mãe da vítima disse em depoimento que o filho teria batido a cabeça ao cair da cama, naquela madrugada. Mas a equipe médica do Pronto-Socorro constatou que a criança apresentava quadro de lesões internas, no aparelho digestivo. O menino morreu por volta das 11h do domingo. O laudo de necropsia confirmou lesões internas no intestino e estômago, que podem ter sido provocadas por trauma ou objeto contundente. Ele não apresentava lesões externas.
Dois dias após a morte, relatórios recebidos pela Deddica, com depoimentos de pessoas do convívio, inclusive na creche que ele estudava mostram que havia sinais de agressões frequentes, denunciadas, inclusive, ao Conselho Tutelar da região.
Ainda esta semana outros pessoas serão ouvidas, inclusive os irmãos menores da vítima. Eles também passarão por avaliação da equipe técnica da delegacia, já que não está descartada a hipótese de que tenham sofrido agressões físicas ou psicológicas. O caso continua sob investigação.
(Atualizada às 09:58h em 24/8)