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Várzea Grande: como será o amanhã ?

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A cidade de Várzea Grande após passar por período bastante perturbado da vida política ocorrido com várias trocas de prefeitos na última gestão, neste pleito eleitoral passou ainda por todo um processo de constantes flutuações e diversas variações dos resultados das pesquisas eleitorais. Que no fim as tais, mais confundiram o povo do que ajudaram. Isso tudo passado, continuaram ainda acontecendo fatos e mais fatos, desde a eleição até culminar em renúncia e denúncias de fraudes. Ora, as eleições aconteceram, a população mostrou a sua vontade. O resultado foi assim: A população mostrou-se dividida em três partes praticamente iguais. Walace Guimarães (PMDB) recebeu 47.338 votos, o que equivale a 35,14% do total de votos válidos. Assim, o futuro prefeito desde o início da sua gestão deverá procurar cumprir bem o seu papel estabelecendo metas a seguir. E será muito exigido em decorrência do caos já instalado. Ora, por não possuir maioria na Câmara deverá ficar bem atento a isso, pois vai exigir um esforço adicional do político em busca de apoios e alianças. Observando o quadro dos eleitos para a Câmara, certamente receberá um apoio instável, dependendo da sua forma de atuação, exigirá negociações e arranjos constantes. Terá que desempenhar bem o seu papel político junto aos vereadores.

Pois bem, após as eleições, com a renúncia do prefeito Tião, foi dado posse ao presidente da Câmara para a gestão tampão. Isso para completar o quadro das sucessões de diversas trocas do comando do Paço do Couto Magalhães, a cerca de dois meses para vencer o atual mandato. O prefeito Maninho, em exercício, imediatamente iniciou um empenho nunca visto nessa gestão. Medidas emergenciais com mudanças de secretários são tomadas. Demissões severas de funcionários que poderão chegar a mil servidores. Fechamento de creches… Choque de gestão? Pois bem, a alegação é que se não se tomassem tais medidas enérgicas não seriam possível cumprir a quitação das obrigações da prefeitura, de novembro e dezembro do corrente. Até técnicos e professores foram cortados. Certamente se não houver bom senso o ano letivo ficará comprometido, bem como alguns setores. E logo em seguida mais um agravante, a Prefeitura de Várzea Grande sofreu a perda de quase R$ 3 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que foram "seqüestrados" pelo Governo Federal. A situação financeira do município, que já era das mais complicadas, piorou. E, dívidas com o Governo Federal impedem o desbloqueio desses recursos.

Mas pasmem, ainda foi anunciado por secretários municipais atuais que serão feitos os quatro anos de gestão em dois meses… É mais um anúncio com promessas esdrúxulas para alongar a lista fatos e promessas para a essa gente sofrida colecionar. Gente de fato muito calma e acomodada, pacatamente só observa. Mas que já começa a demonstrar também que tudo tem limite. O ponto de saturação já foi ultrapassado. Ora, é evidente que nem mesmo com toda essa boa vontade demonstrada e ora renascida das cinzas, será cumprida tais promessas. Bom se fosse exercidas pelo menos medidas paliativas para a saúde pública, com abastecimento de medicamentos, materiais, pessoal habilitado e equipamentos para o pronto socorro, postos de saúde e policlínicas. Pois bem, se não foi possível resolver em quatro anos de mandato, em dois meses é impraticável. Como resolver as questões, como saneamento, destinação do lixo, saúde pública, segurança, falta d"água crônica, iluminação pública, manutenção e conservação de asfalto, transporte coletivo, trânsito – com veículos em demasia e estacionados sobre calçadas, com agravamento da acessibilidade em apenas dois meses? Certamente a população deverá arcar com mais sacrifícios.

Pois bem, passaram as eleições municipais, transcorrido tudo dentro da normalidade, conforme anunciaram autoridades responsáveis. Foi derrotado no pleito o então prefeito Tião da Zaeli, e logo anunciada a sua renúncia. Na seqüência, a posse do Presidente da Câmara, Maninho de Barros para cobrir o fim de mandato. E mais, para somar a lista das sucessões de ocorrências, surge ainda denúncias de supostas fraudes eleitorais, que foram oficializadas e instruídas pelos advogados Antonio Carlos Kersting Roque e Garcez Toledo Pizza, ex-procurador-geral e ex-secretário de Fazenda de Várzea Grande na gestão Murilo Domingos (PR), que protocolizaram representação junto à 49ª Zona Eleitoral do município e junto ao Ministério Público Eleitoral, pedindo anulação do pleito que elegeu Walace Guimarães (PMDB), requerendo a suspensão da diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos em 2012, caso se comprovem as irregularidades elencadas no pedido. Apontam como suspeitas de ter havido participação de mesários no ato, facilitando acesso de fraudadores às urnas. Então, Várzea Grande, a segunda maior cidade do Estado de Mato Grosso, que já foi intitulada de FAVELÃO, depende ainda de mais uma decisão judicial para decidir o seu futuro? Parece que sim. Pois o requerimento foi fundamentado por advogados, e deverá ser julgado e dado uma decisão para o conhecimento público. "Como será amanhã? Responda quem puder!"

Domingos Sávio Bruno é engenheiro florestal em Mato Grosso
[email protected]

 

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