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União faz açúcar. O povo faz a força ( e pressão)

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Independentemente do sucesso financeiro de cada pioneiro da região, podemos perceber que Sinop 33 anos após a construção da primeira casa, para a família Pissinati, com auxílio do Sr. Antônio Secchi, não chegou aonde chegou sem sacrifícios.
Dentre as fases de grande expansão e as poucas de fracasso, tivemos sempre famílias, pessoas e empresas que acreditaram em Sinop e hoje chegamos onde estamos.
Acreditar que poderemos ter só lucros é utopia (sonho impossível). Crescemos com o esforço de todos. Cada um avança de acordo com a sua capacidade administrativa e seu desempenho físico (seja de um simples jardineiro ao mais alto empresário), além claro, do capital, importante para alavancar o progresso.
Vivemos hoje uma singular situação. Os únicos setores que interiorizam dinheiro em nossa região estão em baixa. Como escrevi nesta coluna em 2005, (é proibido ter dinheiro), a população de forma geral, sem o prévio conhecimento da situação, criticava as reclamações dos produtores. Tudo bem! Hoje sentimos os reflexos daquela manifestação não atendida. O ÚNICO MEIO DE INTERNAÇÃO DE RECURSOS EM NOSSA REGIÃO, é feito através do setor madeireiro e agropecuário, ou alguém consegue me informar de outra fonte de recursos para a região?
Quanto investe “nossos bancos e factorings” na criação de empregos e investimentos fixos de longo prazo em nossa região?
Qualquer desinformado vai entender que, a defasagem de preços de: madeira, gado, arroz, milho, soja e outros produtos primários, deixaram de internar em nossa região, pelo menos 1,5 bilhão de reais, que somados á receita normal para cobrir o custo de produção, totalizariam perto dos R$ 5 bilhões.
Considerando um “lucro” (sobra) anual de 20%, portanto R$ 1 bilhão, e que para cada R$ 1,00 que entra na economia, se paga de R$ 5,00 a R$ 6,00 de compromissos financeiros, poderemos entender o porquê da atual crise.
Ao empregado um alerta! Não pense que seus patrões suportarão seus salários sem a respectiva receita e nem que o INSS suportará o salário desemprego e outras boas benesses que este “governo” vem oferecendo a tão desrespeitada classe trabalhadora.
Seria de “bom tom”, que a classe de funcionários (a que chamo entre os meus de: colegas de trabalhos, pois partilham comigo as dificuldades de nossa empresa), desenvolvessem a consciência que estamos num momento difícil. Devemos lutar para a busca de uma solução. Uns com mais, outros com menos, todos temos o direito de viver dignamente, na busca de um futuro melhor e mais seguro junto com nossas famílias.
Ao movimento como um todo, em meu nome e dos meus colegas de trabalho, nosso integral apoio.
Torcemos por nossas sobrevivências e por esse nortão que tantas alegrias nos deram e nos mantém vivos e lutando por uma vida melhor.

Luiz Carlos de São José e funcionários da Fazenda Kamizé
[email protected]

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