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Sinopenses

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É de conhecimento de todos munícipes sinopenses o brilhante trabalho que a Cultura Hip Hop vem realizando em nossa cidade e em nossa região norte de Mato Grosso, devido ao fato de Sinop ser um grande pólo da cultura hip hop de Mato Grosso.

São trabalhos voltados nas áreas Sociais, Culturais, Educativas e por fim o que a comunidade mais necessita que “Lazer”. Os trabalhos são desde eventos, shows, apresentações, oficinas, work shop’s, palestras, debates e até mesmo a evangelização.

Hoje os praticantes, militantes e adeptos da cultura hip hop, estendem-se por todas classes sociais, fato este que se deve ao louvável trabalho realizado por guerreiros, isso mesmo guerreiros, provindos da periferia, que enfrentando toda falta de estabilidade financeira, necessidades e toda a discriminação, hoje ainda existente, mas equacionada, trouxeram a publico a arte do Hip Hop.

Sinop conta hoje com malabaristas do Break, sábios Mc’s do Rap, inteligentes Dj’s, grandes artistas plásticos do Graffite, graças a essa persevança dos hip hoppers sinopenses.

Mas infelizmente fatos isolados acontecem no mundo em que vivemos, e esses fatos isolados partem de todas as raças, credos e cores, exemplos temos com diversos casos políticos levados ao conhecimento publico, e que na grande maioria nós população nada vemos ser resolvidos com justiça.

Um fato nos chamou atenção hoje, uma matéria veiculada na mídia onde jovens arrombaram uma residência, de lá levaram vários pertences e ainda com escritas nas paredes insultaram policiais, e ainda demonstraram seu amor pela cultura hip hop com a frase “100% Hip Hop”.

Triste ficamos pelo aumento no numero da marginalidade e delitos praticados, mas é mais um exemplo que atividades de educação e conscientização ligadas ao hip hop pode ser a chave para libertação desses jovens do mundo do crime e vícios.

Sinop vive uma grande crise na Segurança Pública, ações de resocialização de infratores e ações que impeçam que as pessoas se tornem infratores, são necessárias com urgência e o hip hop esta para auxiliar nesta questão, e temos total confiança de que esta é uma alternativa que vem de encontro ao que os jovens esperam.

Hip Hop predomina no cotidiano dessas vidas, de pessoas nascidas e criadas em periferias, onde o acesso a tudo é restrito, então o hip hop vem para isso, da periferia para periferia, é de mim para mim mesmo.

Então o hip hop entra sem bater nas portas da periferia, é feita por ela mesmo, e vem conquistando seu merecido espaço, de forma organizada e super consciente, a conscientização vem sendo principal fator pregado pelos multiplicadores da cultura.

É por nós de comunidades e pela melhora de nossas condições e acessos que pregamos CONSCIENCIA HIP HOP.

Anderson Maciel é coordenador da Central Única das Favelas de Sinop

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