sexta-feira, 26/julho/2024
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Sem espelhos, poucos se enxergam

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A história da vida de cada um de nós tem em seu script a escrita passando por caminhos que se realizaram e se realizam estrada afora. Não é à toa que o dito popular exalta, ou dá valor, àquele que já passou por muitos obstáculos, superando limites que não se dimensiona. Alguns filósofos, especialmente os "das rotinas dos bares" costumam dizer que estes são os verdadeiros "pau-rodados".

Mas…, a vida está aí, na nossa frente, nos observando e sub-julgando um por um através de espelhos que vão muito além de nossos olhos. Minha insignificante ignorância me permite imaginar que ela – a vida enquanto construção da personalidade humana -, baseia-se na construção de atos e atitudes incomensuráveis que clamam pela postura ética que, em sua maioria, deveria ser peculiar a todos os seres humanos. Em outras palavras, dentro deste contexto, postura e atitude se colocam como formas de comunicação elementares à personalidade individual e peculiar de cada um. Portanto, a essência singular da comunicação, é aquela que não deixa dúvidas sobre o que os olhos revelam independentemente do que a comunicação verbal tenta explicar. È como se os gestos fossem os interlocutores testemunhais daquilo que tentamos esconder com palavras.

Quer conhecer alguém? Saber o que de fato ela é por dentro? Então aprenda a ler os seus olhos e seu gestos, pois eles não mentem. Não se constrói a personalidade de um homem apenas através dos livros. A infelicidade de uma colocação desprevenida, pode não ser tão desprevenida assim. Se os argumentos não possuírem fundamentação plausível, são capazes de condenar ou encaminhar a tese do interlocutor para o banco de réus. Aliás, vamos mais fundo: quando os olhos não comungam com atitudes pertinentes à personalidade de seu ator, significa dizer que essa pessoa, nem mesmo com a ajuda de um espelho, consegue se enxergar, ou, se possível, se enxergar no outro alguma semelhança. Diante desse pressuposto, se é que ele é válido, posso dizer que: enxergar-se no outro, é fazer do espelho a sua própria vitrine.

Estou confuso? Tudo bem, vou tentar ser menos lunático: ninguém, enquanto ser humano, enquanto gente, pessoa física de direito, se diferencia da outra, seja por razões sociais, raciais, classe ou outra concepção que se ajuste aos rótulos.

Outra maneira de expressar a minha vã filosofia é saber que: "Ser humano e verdadeiro não significa apenas ter a singela capacidade de perceber que o seu semelhante tem sentimentos, e que ele é carente de um sorriso amigo, de palavras que o confortem o ego, mas, também, ter consciência de que a expressão verbal deve ser coerente com a comunicação dos olhos, dos gestos, onde o corpo possa fazer, com o intento da força de expressão, o sincronismo de um "querer bem o outro como se quer a si mesmo".

"Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência"

Gilson Nunes é jornalista em Mato Grosso
[email protected]

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