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O poder é do povo

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Vendo o artigo o Poder do Poder me fez pensar nos absurdos requintados de sofismas que presenciamos em nossa sociedade.
Esquecem-se muitos de que o poder é “emprestado” pela sociedade. Deve-se, então, respeitar os verdadeiros donos do “PODER”.
Até as vaias devem ser respeitadas, pois são a expressão da opinião popular. São a maneira que a sociedade encontra de expressar seu apoio ou repúdio a determinada situação.

Se devemos retirar da Câmara os que vaiaram, então devemos esvaziar as ruas quando o Presidente da Republica é vaiado. Devemos proibir a venda de laranjas quando o deputado Roberto Jeferson sai à rua.
Que tal também se reprimíssemos à força as manifestações dos sem-terra, índios, professores, madeireiros, agricultores e todos os outros que em seu pleno direito realizam protestos?

Devemos coibir a imprensa quando divulga informações que muitas vezes expõem pessoas, empresários e políticos?

A constituição diz: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
Seriam as vaias de chacota ou a expressão da opinião da sociedade?

Espero, sinceramente, que o Brasil continue a vaiar, continue a protestar, continue a gritar por justiça, por honestidade, por competência e por respeito aos cidadãos que verdadeiramente detém o poder.

O “juízo” deve se basear na coerência e não em regimentos e dicionários.

Jaime Figueiredo é empresário em Sinop

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