quinta-feira, 25/abril/2024
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O impossível ainda é…

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Agradar a todos! Analisando o dia-a-dia e cada detalhe que lhe é peculiar como as matérias dos jornais, dos sites, a profissão de cada um, a política, os políticos, o resultado dos relacionamentos interpessoais, a leitura, a educação, a saúde, enfim, quanto mais o tempo passa mais difícil se torna o convívio em sociedade ou em determinados grupos e com isso, a chance em agradar aos outros.

Os pré-julgamentos, preconceitos, existem desde que o mundo é mundo e isso nos leva a crer cada vez mais que: sempre há e haverá pessoas, chefes, colegas de trabalho, um vizinho, até os verdadeiros amigos e principalmente a família a fiscalizarem nossas ações, nossa atitude, nosso comportamento, e por que não nosso sentimento e nossas escolhas.

Infinitas são as formas e maneiras pelas quais o próprio sujeito-agente dessa realidade, o Homem, tenta sem sucesso algum, explicar o inexplicável. Pois, já dizia o ditado que: é e sempre será “impossível agradar a gregos e troianos”.

Para Lya Luft, em tempos toscos, não se pensava a respeito dos papéis e conflitos de gêneros, em tempos passados não havia preconceitos, nem todo um comércio de idéias voltado para uma política real ou farsista no terreno masculino/feminino, isso não muda o fato de que o conflito sempre existiu, só não se pensava e se discutia tanto sobre ele.

O conflito é existencial e atávico. Cabe a cada um compreender ou ao menos absorver da melhor maneira possível essas adversidades que transcendem o tempo e o espaço. A verdade é que vivemos de suposições e num abismo infindável entre nossas pequenas chances de acertos e grandes probabilidades de erros.

Na maioria das vezes não apenas por nós mesmos, mas pelo que nos julgam “os outros” atrofiamos nossas idéias e perdemos com isso grandes oportunidades e pessoas importantes. Esses outros tão e quão incapazes e imperfeitos quanto nós, agem assim, pois, é mais fácil falar do que ouvir. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer ou o quanto queremos dizer. Fácil é julgar as pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é fazer uma auto-análise. Fácil é ditar as regras, difícil, porém, é seguí-las. 

Há dez anos, John Gray escreveu o livro “Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus”, um guia prático para melhorar a comunicação e conseguir amenizar os relacionamentos, dizendo que vivemos supondo erroneamente que se nosso (a) parceiro (a), nos ama, vai reagir e se comportar da mesma maneira que nós reagiríamos e nos comportaríamos diante da mesma situação. Eis aqui o início de todo o conflito.

Quanta prepotência e egoísmo. Por que exigir que o outro seja aquilo que você gostaria que ele fosse? Por que imaginar que em determinadas circunstâncias da vida as pessoas ao nosso redor (os amigos, a família, os filhos, a esposa, o marido, o pai, enfim), agiriam como nós se os papéis fossem invertidos?

Diogo Mainardi em seu livro “A tapas e pontapés”, dedicou a maior parte para justificar e esclarecer suas opiniões e seus artigos e ao final pôde-se entender, segundo suas palavras, o porquê de ‘diogomainardismo’ ser definido como a difamação espalhafatosa na tentativa de chamar a atenção. Diferente de muitos, conseqüentemente igual a poucos, Mainardi tem identidade, um dos que se ainda se atreve, com ousadia a opinar, a escrever, a ser o que realmente é, despreocupado em agradar quem quer que seja. Pois segundo ele, quem não está acostumado a argumentar é facilmente enganado.  

Para os demais, é nessa sucessão de desencontros, em meio a tanto devaneio é que a vida continua. É onde o rio segue seu percurso. É por isso que dançamos conforme a música, que somos aquilo que os outros desejam, agimos dentro do que a sociedade muitas vezes impõe, somos aqueles que algumas pessoas exigem que sejamos, fazemos tudo o que os outros gostariam que fizéssemos e (…) nem assim conseguimos agradar a todos.

 

Alana Casanova é jornalista em Cuiabá
[email protected]

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