Importante decisão de um ilustre desembargador mato-grossense, condimenta ainda melhor o molho da canalhice política e descaso com a administração publica em nosso País. Político, mesmo que condenado em instancias onde ainda cabem recursos, podem ser candidatos, e se eleitos, assumirão, obviamente, os cargos.
Porque será, que um cidadão comum, nós todos, miseráveis pagadores de tributos, garbosamente intitulados, contribuintes, se deixamos de pagar uma fatura de serviço qualquer, tipo água, energia elétrica e outras, temos o serviço suspenso, alem de concorrermos a multas, juros e correção monetária?
Se por ventura, formos prestadores de serviço, micro empresário ou coisa afim, e não renovarmos e pagarmos nossos alvarás e outras taxas, teremos nossa atividade suspensa e pior, um titulo protestado, um cheque devolvido, e outros melindres ligados aos serviços de credito, nos mutila de tal forma, que somos vedados ao acesso a qualquer credito, seja publico ou particular.
QUE ESPETÁCULO!
Tenho por mister, que o homem publico, principalmente aqueles eleitos, que devem representar a sociedade, têm que ser incólumes. Não lhes são permitidas quaisquer máculas, porém, a estrutura estatal brasileira, tem sua bazuca apontada para a sociedade, e cobre de regalias o poder, com suas imunidades e outros privilégios.
Alguns crimes, de cunho personalíssimo, sem correlação ou interdependência com a administração publica, até podem ser relevados, mas se o crime, e normalmente são estes, versam sobre improbidade, apropriação indébita, corrupção, favorecimentos e outros dessa natureza, ou seja, existe o indicio e um rol de provas de que aquele agente é indigno, a primeira providencia tem que ser a de afastar de qualquer função até que seja definitivamente julgado. É obvio demais, que mantendo o “réu” no poder, dificilmente haverá qualquer punição.
Enquanto Itararé se contorce, o sambista entoa “se gritar pega…”, e continuamos o ESPETÁCULO.
“Nós te indicamos e você nos segura, nos protege e protela tudo o que for possível, e mais uma eleição, e nova compra de votos, e novos desvios e …”, todos estarão de volta e tudo continuará como está.
Que triste ESPETÁCULO.
Valdir Favareto