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O Brasil não pode repetir erros do passado

Nilson Leitão
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Já na reta final do primeiro turno, as eleições presidenciais se transformaram numa espécie de queda de braço entre petistas e antipetistas. Parte do eleitorado identificado com os partidos mais ao centro migrou para a candidatura que, pelas pesquisas, apresentava maiores chances de vencer o PT. E, agora, no segundo turno, esse embate se intensifica. O fato é que o Brasil não pode repetir os erros do passado.

Não é à toa essa resistência e é preciso sempre relembrar quem é o PT. O PT é o partido responsável pela mais grave recessão econômica, que jogou 14 milhões de brasileiros no desemprego. Arquitetou o mensalão e, aperfeiçoando-se no crime, montou o Petrolão, o maior esquema de corrupção da história e que quase quebrou a Petrobras. Tudo para financiar seu projeto de se perpetuar no poder.

Foi o partido que tentou regular a imprensa e, assim, amordaçá-la. Que usou dinheiro do BNDES para financiar obras em países “amigos”, como as ditaduras de Cuba, Venezuela e Moçambique, que deram o calote na conta, que agora é paga pelos brasileiros. É o partido comandado por um presidiário, que se acha acima da lei e da verdade, e que elegeu Dilma Rousseff, apesar de o partido querer escondê-la por ter arruinado o país e ter sido apeada do Palácio do Planalto por rasgar a Constituição.

O retorno do PT ao comando do país representaria um enorme retrocesso. Que compromisso com a democracia tem um partido em que um dos seus líderes mais ilustres, José Dirceu, diz que é preciso “tomar o poder”? Ou com o combate à corrupção, ao afirmar que “tem que tirar o poder de investigação do Ministério Público”? Ou com a Justiça, quando um dos seus governadores, Fernando Pimentel, declara que, eleito à presidência, o candidato do PT dará indulto a Lula?

O PT pode mudar a cor da sua logomarca, esconder Lula e Dilma, desmentir o que disseram, mas não pode mudar a sua natureza, que é ser autoritário, oportunista e dissimulado. Como já foi dito, o PT é como uma melancia: verde por fora e vermelho por dentro. E, repito, é importante relembrar quem é o PT porque, apesar de tudo, ainda conseguiu eleger a maior bancada da Câmara.

A escolha a ser feita no próximo dia 28 é muito séria porque valerá para os próximos quatro anos, período crucial para que o país se recupere da crise e restabeleça valores que foram deturpados nos últimos governos petistas. Com o PT, imperou tudo aquilo que aprendemos dentro de casa e ensinamos para os nossos filhos ser errado: que os fins justificam os meios, que faz parte do jogo corromper, roubar, enganar, mentir e se aproveitar da coisa pública.

O Brasil não vai conseguir sair de vez dessas crises se entregarmos o governo aos mesmos que as criaram. Além disso, o que o país precisa, que são as reformas estruturantes e a redução da máquina pública, o PT não irá fazer. Não as fez em 13 anos de governo e, na oposição, votava contra tudo. Não podemos persistir no erro.

Neste segundo turno teremos de escolher entre dois caminhos. Um deles, como disse acima, não é o que acredito que os brasileiros mereçam: ser governados a partir da cadeia e por aqueles que quebraram o país e agora veem a oportunidade de vingança ao legítimo processo de impeachment, que julgam como golpe. O segundo caminho, portanto, é uma esperança e pode oferecer uma chance ao Brasil.

Nilson Leitão – líder do PSDB na Câmara dos Deputados

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