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O azulzinho em voga

Claiton Cavalcante é contador em Mato Grosso
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Mais uma CPI à vista. Dessa vez quem pode ser alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito é o Ministério da Defesa.
O Ministro Paulo Sérgio Nogueira deve estar de cabelo ereto, pois caso o deputado Bira do Pindaré consiga arrebanhar, no mínimo, 171 assinaturas de seus nobres pares, estará instaurada a comissão para investigar a compra de 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila.

Pelo visto nossas Forças Armadas estão precisando de muita “força”. Ou não. Porque, segundo o site Wikipédia, de um efetivo de 377 mil militares, apenas 9,28% desse efetivo poderão receber o superpoder. Assim, com essa insignificante quantidade de comprimidos tudo indica que os militares caso queiram receber o azulzinho terão que se alistar novamente. A maioria vai relembrar os tempos da juventude. Com assuntos desse jaez caso não tenhamos a cabeça no devido lugar, facilmente podemos esquentá-la e dela sair espectro que venham a ferir pessoas ou até mesmo gerar consequências a longo prazo.

Em que pese o argumento do Ministério da Defesa ser no sentido de que a aquisição do remédio será para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), tal compra poderia ser retardada ou nem mesmo existir. Pois enquanto o mundo está “pisando em ovos” em razão da guerra Rússia-Ucrânia e nosso país atolado em ideologias políticas, o nosso Órgão de defesa e segurança está preocupado em comprar “balas azuis”.

Outro argumento para a compra desse medicamento que possui dupla interpretação é que o mesmo também será usado no tratamento do fenômeno de Raynaud, cuja característica é a diminuição do fornecimento de sangue em determinadas áreas do corpo. Dizem que o azulzinho é tiro e queda!

Convenhamos, caso o Ministério da Defesa estivesse realmente preocupado em manter a integridade de saúde de seus integrantes, ao invés de comprar citrato de sildenafila, compraria Bosentana.

Pois se assim agisse, mataria dois coelhos com uma paulada só, pois estaria longe dos holofotes em razão dessa compra midiática e ao mesmo tempo estaria comprando um eficaz medicamento de combate a HAP. Se bem que o nome da opção de compra que sugeri, se pronunciarmos rapidamente não soa bem em nossos ouvidos!

Agora resta ao deputado maranhense ser rápido igual ao Mandubé, que habita as águas do Pindaré para conseguir o quanto antes a quantidade mínima de assinaturas para a abertura da CPI do Viagra.

Mas o nobre edil deve nadar rápido porque junto com as “balas azuis” o nosso Órgão de defesa e segurança também comprou outras armas pontiagudas. Próteses penianas.

 

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