sexta-feira, 26/julho/2024
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Mudança de rumo

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Estamos a menos de um ano das eleições de 2014, quando serão escohidos deputados federais, senadores, Presidente da República, Governadores e deputados estaduais, enfim, toda a cúpula política nacional e estadual. Com certeza ao longo deste tempo o povo brasileiro terá oportunidade de ouvir e conhecer as propostas dos candidatos, seus partidos e alianças.

O quadro partidário no Brasil é uma verdadeira mixórdia, onde as coligações estaduais e locais não guardam a minima coerência programática, ideologica ou de doutrinária em relação ao plano nacional. Sob o manto das coligações que sustentam a base parlamentar do governo federal, por exemplo, estão vários partidos e candidatos que não se "bicam" nos estados e municípios. Tais alianças representam o que foi idealizado pelo General Golberi, qundo foram instituidas as sub-legendas, tanto no partido do governo quanto da oposição consentida na época.

Muita gente se recorda ainda das figuras da ARENA 1, Arena 2, MDB 1, MDB 2, e assim por diante. Outra figura surgida naquela época foi a do Senador biônico, além dos governadores "escolhidos" pelas Assembléias Legislativas, depois que o candidato tivesse, sido ungidos pelo poder central, idem quanto a "escolha" dos prefeitos das capitais e das cidades de fronteira ou de áreas de segurança nacional.

Várias dessas figuras políticas que estavam ao lado dos governos militares ainda estão presentes na atualidade política nacional, posando de democratas convictos, todos ou a grande maioria em partidos que apoiam o governo federal desde a eleição de Lula e Dilma. Muitos desses também apoiaram os Governos Sarney, Collor/Itamar e FHC, verdadeiros camaleões políticos.

Desta forma, apesar do discurso ainda um pouco "esquerdista" do PT e alguns outros partidos aliados, desde o fim do regime militar a cúpula política nacional segue praticamente um mesmo modelo econômico e social, cujos resultados estão deixando a desejar, seja no que tange ao desempenho econômico, seja na definição de políticas equivocadas, incluindo um assistencialismo de estado com clara manipulação política e eleitoral.

Prova disso é o agravamento da crise social, a escalada da violência , o caos na saúde pública, a falta de rumo na educação, a precariedade da infraestrutura, o crescimento assustador da dívida pública que consome praticamente metade do orçamento da União a cada ano, a situação vergonhosa do saneamento básico, a paralização da reforma agráaria e o avanço do latifúndio, boa parte das terras gricultáveis já estão em mãos de estrangeiros, a corrupção que já está praticamente institucionalizada na administração pública, a baixa produtividade de nossa economia, o aparelhamento do Estado pelo PT e demais partidos integrantes do bloco do poder, a inflação que deteriora o poder aquisitivo do trabalhador e intranquiliza do empresariado, a voracidade tributária e a baixa qualidade dos serviços públicos e a degradação ambiental.

Outro problema que a cada ano está se agavando, uma das razões dos protestos populares mais recentes, é o caos urbano e a baixa qualidade dos transportes coletivos, um vexame nacional. Enfim, não basta o povo ser obrigado a votar, sempre tendo que se submeter `as decisões que os caciques e cúpulas partidárias costumam acertar em conchavos , longe do povo, atendendo `as conveniências dos eternos donos do poder para atender, não os reais interesses nacionais, mas sim outros interesses econômicos e financeiros.

Está na hora do país debruçar-se sobre uma nova agenda que encare de frente os grandes e verdadeiros desafios nacionais, incluindo um planejamento de longo prazo, com transparência e participação popular, articulado entre os três níveis de governo. A eternização dos mesmos atores, partidos, grupos e esquemas que há décadas têm demonstrado como ineficientes e ineficazes e corruptos precisa sofrer uma mudança de rumo, buscando a construção de um novo modelo de desenvolvimento nacional com justiça, segurança, eficiência e melhor qualidade de vida para o povo e não apenas para as elites do poder e seus aliados de sempre.

Juacy da Silva, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia.
[email protected]
www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

 

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