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Metaverso: realidade incontroversa

Claiton Cavalcante - Membro da Academia Mato-Grossense de Ciências Contábeis.
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A palavra metaverso ganhou destaque há dois anos, mais precisamente em outubro de 2021, quando o dono da Meta em um discurso disse que o metaverso é uma extensão virtual do mundo que vivemos atualmente.

Na verdade, o metaverso existe bem antes das palavras de Mark Zuckerberg. Ou quem não lembra da holografia projetada no programa Fantástico, em 2009?

E para os saudosistas que assistiram o filme Guerra nas Estrelas, em 1977, quando a princesa Leia Organa aparece em imagem pedindo ajuda aquilo também era holografia. E os filmes Matrix e Avatar? E o Roblox e Minecraft? Tudo isso é metaverso.

De maneira bem didática, metaverso pode ser definido como uma camada ou dimensão de realidade virtual onde pessoas/instituições e máquinas podem interagir para dessa relação obter os mais diversos objetivos, seja trabalhando, estudando, divertindo e até estratificando e minerando informações para os setores privado e governamental.

No Brasil muitas instituições já aderiram a essa realidade. E outras instituições e setores estão em busca para entrarem no mesmo time.

No final do mês de novembro próximo, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Mato Grosso realizará a convenção estadual da categoria e o tema será o metaverso contábil.

A contabilidade, assim como qualquer outra profissão deve correr o mais rápido para se adequar às mudanças que essa nova faceta trará, neste caso, para a profissão contábil.

Pois, para a contabilidade como ciência, que fornece informações para empresas e sociedade, essa novidade – que não é tão nova assim – é super bem-vinda, pois o metaverso fará com que empresa, cliente e usuário da informação possam imergir nessa dimensão e nela serem capazes de vivenciar, sentir, informar e prospectar como se na realidade estivessem.

Já pensou como seria desastroso se a maioria dos clientes e usuários da informação contábil já estivessem interagindo no metaverso e a contabilidade, não? Essa evolução tem que acontecer velozmente para sabermos como será a contabilização dos atos e fatos ocorridos na dimensão da realidade virtual.

É fato que o metaverso é bem mais difundido no âmbito da iniciativa privada. Contudo, também está presente na gestão pública tendo como um dos objetivos, oferecer ao cidadão alternativas de acompanhamento de controle social, de modo que esse cidadão possa interagir como se gestor ele fosse. Assim, o metaverso trará o cidadão para dentro da realidade da administração pública.

Já existem iniciativas embrionárias que oferecem ferramentas para que o cidadão possa vivenciar e exercer esse controle. No Brasil, uma dessas ferramentas é o Portal Inteligência Pública (www.bbintegra.com.br/), mantido pelo Banco do Brasil.

Com essa ferramenta, o cidadão tem acesso a dados sobre administração tributária, produção agrícola, saneamento básico, economia local e indicadores educacionais de todo país.

No âmbito mundial, temos, por exemplo, a base de dados do portal da OCDE (https://data.oecd.org/) e as informações da Gapminder Foundation (https://www.gapminder.org/tools/), que são aplicações que permitem qualquer cidadão imergir na realidade ora escolhida.

A partir disso, seremos atores reais vivendo e sentindo as sensações praticadas pelas máquinas e vice-versa, em uma constante simbiose em prol de benefícios para a coletividade.

Aqui pelos lados tupiniquins, muitos pensam que essa realidade está distante de acontecer e que não passa de ficção científica. Ledo engano! Pois, aguardem a chegada da web 3.0, que aí sim, melhoraremos ainda mais essa relação de homem e máquina.

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