terça-feira, 23/abril/2024
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Meio Ambiente: um tema que deve ser transversal nos parâmetros curriculares

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A atual existência da espécia humana sobre a face da terra é resultado do diálogo genético dos nossos antepassados com a natureza à qual os abrigava. No transcurso de séculos a raça humana observou a completa extinção de inúmeras outras raças animais, que não conseguiram manter a mesma sintonia com a natureza, seja por um processo de seleção natural, seja pela inadequação às novas condições climáticas.

Quando, sobre a terra passou a incorporação no seu cenário, além dos frutos da criação da mão-de-Deus, também os frutos da criação da mão-do-homem todos os processos naturais se aceleraram, e o espaço, que antes era o grande diferencial entre as relações passou a ser substituído pelo tempo. As grandes invenções da era moderna objetivam oferecer às ações humanas o controle eficaz desta que é a matéria mais intangível que a terra nos oferece. Na busca incessante de controlar o tempo e o espaço que nos rodeia, fomos cada vez mais nos distanciando do diálogo saudável de nossa espécie com a mãe que nos abriga e da qual somos oriundos: a natureza.

Acredito que nossa geração agora sofre os efeitos de décadas de preocupação voltada apenas à necessidade de provar ao nosso próprio ego coletivo que somos capazes de controlar a matéria e a energia da qual somos iriundos. Assim como somos herança dos atos dos nossos antepassaods, também sofremos as conseqüências da forma inadequada com a qual dialogavam com o ambiente no qual nossa espécie sempre se inseriu.

As mudanças climáticas desordenadas que hoje observamos refletem decisivamente na existência ou não do alimento que nos sustém com energia; as inúmeras doenças que hoje a simples exposição demasiada ao sol pode nos provocar; as enchentes que invadem as costas marítimas e dizimam milhares de vidas, as queimadas que hoje, apesar dos avanços tecnológicos, para nós só podem ser controladas com a ajuda da própria natureza com as chuvas; e o ar, repleto de fumaça, que é quem ao encher nossos pulmões, se torna o nosso veículo condutor de vida, nos fazem um quetionamento surdo.

Nossa espécie aprendeu que toda ação gera uma reação de igual valor contrário. À todas estas e muitas outras ações da natureza contra nós é que devemos refletir qual será o nosso papel frente à permanência da vida sobre a face da terra. Muito além da necessidade de provar qualquer coisa, para nós mesmos enquanto espécie, é fundamental respondermos a estes questionamentos de forma urgente.

A cada ator social cabe o papel de tradutor oficial do diálogo surdo que a natureza nos impõe, demonstrando sempre a clareza das conseqüências dos nossos atos e, principalmente, da conseqüência desastrosa do nosso silencio individual. Cada um de nós deve, urgentemente, interdisciplinar a educação ambiental em nossa vida diária: nas escolas, no ambiente de trabalho, nas nossas horas de lazer e em todos os momentos nos quais nos relacionamos entre nós e com a natureza, seja de forma coletiva ou individual.

Hoje, muito mais do que podermos escolher qual o mundo que queremos para os nossos filhos e netos, temos de ter a consciência de que desencadeamos um processo de seleção natural, aonde somos nós, enquanto espécie, que podemos sair perdendo: ao não respeitar aquilo que não entendemos, ao cruzarmos os braços, e ao não colocarmos nossas crianças completamente em sintonia com o respeito à natureza, estaremos transformamos em inimigo até o próprio ar que respiramos.

Juliano Lobato Evangelista é Assessor Parlamentar do Deputado Estadual Alexandre Cesar – PT MTé assessor parlamentar em Cuiabá

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