sexta-feira, 29/março/2024
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Marina e o meio ambiente por inteiro

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Tive a incumbência e o privilégio de participar, na condição de representante eleito da sociedade civil do estado de Mato Grosso, da II Conferência Nacional do Meio Ambiente, que aconteceu em Brasília, em dezembro passado.

O meio ambiente, foco principal das discussões, e suas relações com o desenvolvimento sócio-econômico, foram os elementos que nortearam a produção de propostas que servirão de diretrizes para que o Ministério do Meio Ambiente possa estar implantando políticas públicas em consonância com anseios da sociedade brasileira.

Atitude ousada do governo federal que conferiu – assim como tem acontecido em outros setores (referendo do desarmamento, conferência de cultura, conferência das cidades, elaboração de planos diretor, etc.) à população a possibilidade de decisão, dando mostras de que cada vez mais estamos caminhando em direção a uma democracia cada vez mais participativa.
Marina Silva, nossa ministra do Meio Ambiente – e digo nossa por entender que é uma autêntica representante do povo brasileiro – foi a grande estrela da Conferência. Uma estrela que prefere se identificar como cabocla, como uma acreana que cresceu extraindo seringa. Uma estrela que é fruto de nossa miscigenação, do sofrimento do trabalhador brasileiro, da história de resistência de um povo.
E lá estava Marina, aplaudida em pé por um público diverso, multicultural – com representação de todos estados brasileiro – humilde e corajosa. A ministra que domina as letras, os discursos, mesmo sendo alfabetizada quando praticamente já era adulta, continua a mesma cabocla-ambientalista que compreende como ninguém as línguas da floresta.

Passada a Conferência, Marina e sua equipe têm a incumbência de colocar em prática, no decorrer de 2006, tudo que foi acordado pelos conferencistas além de abrir novamente a discussão de temas polêmicos como a transposição do Rio São Francisco, o “velho Chico”. Talvez seja este o tema que gerará debates ásperos por conta de viabilidade técnica e motivações histórico-culturais, permeadas pela relação de um rio com a gente que o margeia. Mas também tem a questão da manutenção das florestas em pé, a ocupação do solo, a destinação de resíduos…
Bom trabalho ministra. E a todos nós também!

João Batista Lopes da Silva
Professor na Universidade do Estado de Mato Grosso

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