segunda-feira, 6/maio/2024
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Já que os ovos foram quebrados, vamos mexer essa omelete!

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Até parece que fazer greve é um ato impensado! Até parece que fazer greve é
uma decisão baseada no “achismo, tão fácil de tomar quanto fazer omelete!
Não, não é. Quando uma greve é deflagrada, é porque outras tentativas foram em vão, não geraram os resultados pretendidos, ou ainda, porque não se cumpriram acordos anteriormente firmados. Professores não são favoráveis à greve, professores querem condições dignas de trabalho, não apenas salários melhores! Professores querem garantir que a Educação seja mola propulsora de mudanças sociais. Professores querem que a aprendizagem aconteça e que os números não sejam mentirosos!

Se o desempenho de nossos alunos no ENEM deixou muito a desejar, certamente somos os primeiros a lamentar, porém há diversas razões que contribuem para isso; entre elas, salas super lotadas, ausência de estrutura de apoio para atendimento de dificuldades específicas, necessidade de conciliar trabalho com escola, violência… Pouco preparados? Talvez! Somos psicólogos sem formação para tal; somos assistentes sociais sem habilitação nessa área; somos enfermeiros sem certificado de conclusão nesse curso; somos economistas , também somos seguranças, motoristas particulares, organizadores de eventos…

De fato, ao analisar que todas essas funções são desempenhadas por nós professores, no espaço escolar ou em função de sua comunidade, é necessário concordar que temos pouco preparo. No entanto, além destas atividades que desempenhamos, há uma que é de nossa competência específica: somos professores com formação para tal, preparados para ensinar. Se não tivéssemos preparo, não teríamos saído da universidade, concluído um curso superior! (do contrário, nem ela cumpriria o seu papel!) Se não estivéssemos preparados, não teríamos sido aprovados em concursos, nenhum profissional buscaria especializações… Se não tivéssemos preparo, sequer teríamos consciência do quão importante é o nosso papel e diante desta percepção, brigar por condições que garantam qualidade ao ensino. Ainda mais, não se chama uma categoria de despreparados na base do achismo! Que elementos foram tomados em conta para desqualificar assim a nós profissionais da Educação?

“Ai eles dizem, “mas eu trabalho 12 horas por dia e bla bla bla”, trabalha 12 horas e trabalha mal.”

“,Então trabalhasse 8 horas e gastasse as outras 4 se qualificando, correndo atrás, em todas as profissões as pessoas fazem isso, o que tem o professor a mais que não pode se dar a esse trabalho?”

“…mas acho que eles não fazem por merecer.”

“Nas escolas o que mais se vê é professor que apenas passa o conteúdo,”

Vale lembrar que, no processo de atribuição de aulas no início de cada ano letivo, ocorre contagem de pontos baseada nos cursos realizados e as aulas são atribuídas aos professores com maior pontuação. Quem não se atualiza, não se especializa, não consegue aulas nas escolas estaduais.
“Achar” que professores não fazem por merecer um salário melhor, certamente, é um juízo infeliz, ao qual pouco valor deve-se atribuir, pois procede, ao que consta, de um emissor que desconhece a realidade do trabalho árduo em sala de aula e tampouco valoriza os profissionais da categoria à qual, supostamente, pretende ingressar ( acadêmica de Matemática).

Professor “passa conteúdo” sim; lamentável se não o fizesse, afinal somos pagos (bem ou mal) para isso, porém é leviano afirmar (com base em quê?) que não existe a preocupação em saber se o aluno aprendeu ou não.
Há alunos dispostos a aprender e fazer valer a pena o seu tempo de permanência na escola; há professores com experiências riquíssimas a compartilhar e com competência suficiente para contribuir na formação de cidadãos críticos que não sejam massa de manobra de nenhum grupo ( nem mesmo de professores). O que se quer é que sejam autônomos, conscientes de seus direitos e deveres; e capazes de construírem a sua própria história, portanto, professores fazem por merecer sim, e como fazem!
Se “A educação é o princípio ativo que faz um país crescer. E o nosso não acende (sic) economicamente!” talvez seja pela necessidade de as pessoas “ligarem-se ” aos reais problemas da Educação, “ligarem-se” à importância de uma remuneração justa para os profissionais desse setor, “ligarem-se” à idéia de que são necessários meios e procedimentos diversificados para a Educação alcançar a qualidade desejada. Acender para que haja LUZ e daí sim, com clareza sobre os papéis, direitos e deveres de cada um nesse processo, possa o nosso país ascender (crescer) economicamente!

A omelete está mexida, acrescida de novos ingredientes. Sirvam-se!

Juecy de Quadros Ferreira,
Mendes Solange Lemes,
Terezinha Jussara Portela da Costa Silveira,
Izilda de Lourdes Velasco Rabelo,
Marli Chiarani,
Cristiane Baron,
Marli Cichelero.,
Margot Berti,
Cassia do Vale,
Edinalva Áparecida dos Santos Socreppa,
Marilda Palma,
Denise Michelle Belincanta,
Cristiane Spier,
Simone de souza Naedzold,
Claudia Alves Pivatto,
Vanderlaine dias Caldas,
João Notário,
Loreni Terezinha Camargo,
Celso Ricardo Piva
Paulo Sérgio da Silva,
Denilson aparecido da Silva,
Luana Grazielle de souza,
Alessandro Ogliari,
Rosimar Soares dos Reis Toledo,
Eliane Aparecida da Silva.,
Rose Marcia da Silva.

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