sexta-feira, 19/abril/2024
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Foi um festival de traição partidária

Wilson Carlos Fuáh – Economista Especialista em Administração Financeira e Relações Políticas e Sociais em Mato Grosso - [email protected]
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Durante a eleição para Prefeitos e Senador, o que vimos, foram as forças partidárias atuando em todos os níveis, e fizeram com que os partidos ficassem sem força, porque a Direção Partidária não respeitou a decisão da convecção do partido e virou um “Balaio de Gato”, mesmo o partido tendo um candidato registrado a sua candidatura com a sigla desse partido, a direção municipal ou estadual, saíram promovendo grandes traições explicitas e apoiaram os candidatos adversários como se isso fosse normal, e isso aconteceu aqui em Mato Grosso.

Talvez, é porque existem tantas ideologias, para serem exercidas por poucos líderes de fato, lideres nascidos com a história do partido ou ao se filiar, pelo menos tenha estudado e para entender a ideologia do partido, onde estava filiando.

É por isso, que nascem vários partidos a cada ano no Brasil, pois existe a necessidade dos líderes emergentes, sentir a necessidade de criar um partido para ele mandar e desmandar, pois eles querem transformar ou criar um partido para serem os “donos de partidos” e das suas verbas partidárias. 
 Vejam que até os políticos não sabem qual a sua ideologia propriamente dita, pois só após eleger-se, é que descobrem que estão em partidos errados, e por isso criaram as janelas e as portas para sair quando quiserem. E usando essa tal janela e desrespeitando o partido que lhe emprestou o nome para ser candidato, e simplesmente dá no pé, mas não renuncia o cargo ao qual foi eleito.

Por isso, que o sentido da ideologia partidária está sendo jogado no lixo da história política do país, e aquele velho conceito que os políticos antigos e os velhos filiados tinham o respeito e sentimento partidário, simplesmente acabou, antigamente a escolha de um partido era pelo entendimento de que aquele partido escolhido, tinha a sua preferência pelo conjunto de ideias e nele reunia um grupo de pessoas com o mesmo pensamento que o seu, e por isso, poderiam agrupar legalmente para congregar através das ações políticas, econômicas e sociais, mas isso, não existe mais, e por isso, os partidos transformaram em roupas que se usa e joga fora.

Porque filiar ao Partido Político?
Porque nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há como disputar um cargo eleitoral, se o pré-candidato não for filiado a um partido Para que um regime democrático possa funcionar, necessariamente tem que existir: o voto, que é exercido pelos eleitores, mesmo que seja em forma de escolha obrigatória e os partidos políticos que congregam as mesmas opiniões e as ideias dos seus filiados num mesmo partido.

No Brasil, existem muitos partidos para poucos líderes e  ideologias em excesso, o que se vê, são ferros velhos de partidos, carcaças partidárias e destroços ideológicos espalhados pelo Brasil afora, porque assim que um politico sentem que alguém possa tomar a direção do partido, e cria outro para ele.

Hoje os políticos estão misturados por falta de não saber qual é a sua ideologia e do partido que está filiado, são líderes com desejos individuais e próprios, e as vezes até impróprios, e ao sentir a falta de espaço e a incapacidade de congregar com as pessoas com ideias conflitantes ao seu crescimento individual ou suas reeleições, criam novos partidos, onde possa reunir os “descontentes” e os “contrariados” girando em torno desse novo partido que ele podem chamar de “só meu”.

Os princípios partidários que vislumbram os objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários partidários.
E a cada fim de uma eleição, depois de tantas traições, é instalado o sistema de “Parir Gatos” e “Corco Veia” muito conhecidos pelas gurizadas da Cuiabá de antigamente. Mas, na política os donos dos partidos saíram no dia seguinte a eleição de 2.020, a oferecer e convidar os lideres emergentes e de plantão, para fazer parte do “seu partido” e asseguram que estarão juntos em 2.022, mesmo sendo de partido com ideologias contrárias, e assim, e por isso, que segue o “Balaio de Gato” da política partidária em Mato Grosso.

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