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Em resposta aos críticos de plantão e pelo bem da ordem

Niuam Ribeiro é vice-prefeito de Cuiabá e filiado ao Podemos
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Comecei novo, militando no glorioso Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), onde passei parte da minha adolescência influenciado por aquele que mais admiro e respeito nesse ramo, o meu querido professor e pai Osvaldo Sobrinho – que possui uma longa trajetória como ex-deputado estadual, federal constituinte, ex-vice-governador, tendo inclusive a oportunidade de assumir a cadeira de governador algumas vezes, chegando ao ápice de sua vida pública no senado federal. Recebeu ainda a nobre missão de ser Delegado Regional de Ensino de Mato Grosso, no final da década de 70, e secretário de Educação na gestão de Jaime Campos (1990-1994). Com ele aprendi que política se faz com lealdade, coerência, respeito aos eleitores e muito trabalho. E foi neste período que também compreendi que não se faz política sozinho e o quanto é importante estarmos alinhado com pessoas que comungam com as mesmas ideias e ideais, somando forças para que possamos promover as mudanças sociais e estruturais que acreditamos.

Fiel a esses princípios que me forjaram desde a militância no MJT (Movimento da Juventude Trabalhista) e no JPTB – ao longo de 16 anos de engajamento constante, além do preparo intelectual e profissional do qual nunca ousei me afastar, tive a honra de ser indicado candidato a vice-prefeito em um projeto que promoveu um amplo debate com a sociedade. Primando pela eficiência e total transparência, esse plano de governo colocaria o nosso povo cuiabano como o centro da gestão, sem perder o norte da governança administrativa fundamental atualmente, a partir de uma gestão que seria exclusivamente focada nos interesses daqueles que mais precisam, sofrendo pela carência e pela falta de dignidade.

E para isso teríamos que, em primeiro lugar, melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados pela municipalidade, como a saúde, mobilidade urbana, empregabilidade e a educação, inclusive implantando a metodologia de período integral em mais escolas. Abraçamos essa iniciativa de corpo e alma, indo para as ruas para defendê-la, promovendo também o respeito aos alicerces das boas práticas políticas, cláusulas pétreas da nossa militância.

Fizemos uma campanha limpa, honesta, vigorosa e vitoriosa. Assumimos o município com o apoio de 60,41% da sociedade, que – obviamente – criou muitas expectativas. Ciente de todas elas – mesmo nos períodos mais críticos, sempre trabalhei para garantir a estabilidade política da gestão, responsabilidade social diante dos cuiabanos e fiscal perante município, sabendo que meu posicionamento enquanto vice-prefeito precisa ser de coerência com o clamor das ruas e das comunidades. Com essa perspectiva, fui categórico em relação à não criação da Sec 300 Anos – sugerindo que uma coordenadoria seria suficiente, uma vez que o momento atual exige austeridade na condução das finanças públicas. Com essa mesma visão, não considerei também ser oportuna a criação da Secretaria Municipal de Turismo, não por achar que o segmento turístico não fosse fundamental ou não merecesse uma atenção especial da administração, mas por compreender o delicado momento vivido em todo o país, ocasionado principalmente pelo inchaço da máquina pública. A criação de uma nova estrutura sobrecarregaria ainda mais o custeio da máquina municipal, uma vez que contemplaria mais cargos dentro de uma nova estrutura organizacional.

E em virtude da mais recente avaliação do Tesouro Nacional em relação à Capacidade de Pagamento (Capag) de Cuiabá, fica ainda mais evidente o quão inoportuno é o momento para criar gastos. Segundo o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais de 2019, divulgado recentemente, nossa Capital não está apta a tomar crédito com garantia do Tesouro, sendo rebaixada para a Nota C neste ano. Isso significa que o município hoje possui baixa capacidade de pagamento. Já entre 2017 e 2018, nossa cidade contava com a Nota B, estando dentro do parâmetro ideal que garante o aval da União para a tomada de empréstimos. Insta salientar também o alerta emitido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), de que Cuiabá está extrapolando o limite prudencial de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL).

Por diversas vezes no passado me convidaram para ser candidato a deputado estadual e federal. Nesta última eleição insistiram muito para que eu, sendo vice-prefeito, saísse para deputado estadual, pois teria uma eleição tranquila e garantida, para muitos. Recusei essa empreitada não por covardia, mas por entender que ainda tenho uma missão a ser cumprida com a população cuiabana. Jamais trairia meus eleitores, abandonando meu mandato de vice, para ser oportunista como outros tantos já foram. O meu desejo sempre foi e ainda é colaborar por uma Cuiabá melhor, mais justa, solidária e moderna, que esteja à altura de seu bondoso povo, trabalhando principalmente a mudança de mentalidade política atual.

Cuiabá não suporta mais ser “escada” ou trampolim para políticos carreiristas, que desejam alçar voos maiores às custas da boa fé do povo cuiabano. Cuiabá quer e precisa de um prefeito que seja somente prefeito. Nada mais, nada menos que prefeito. Só prefeito. Sem outros projetos pessoais, empresariais ou familiares. É isso que o povo desta terra almeja: verdade, sinceridade e compromisso de seus representantes. E foi baseado nessa ideia que me uni ao atual prefeito durante a campanha. E justamente por não ceder nem um milímetro a tudo isso que citei, inclusive com a nossa proposta traçada junto à Cuiabania, que hoje posso dizer que busco o meu próprio caminho, na certeza de que Deus me iluminará e que juntos #PODEMOS mais. Como vice-prefeito estou de pé e à ordem, como um bom soldado que guarda a fé e está pronto para combater o bom combate, tendo a convicção de que antes de nos dividirmos entre a velha e a nova política, precisamos exercer a boa política.

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