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Continuamos torcendo !

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Torcer para time ruim não é fácil, agente até tenta esquecer suas deficiência técnicas, fragilidades e a incompetência de seus dirigentes e nos iludimos acreditando que tudo vai melhorar, que vamos ganhar algumas partidas e quiçá, ficar bem no campeonato. Mais perdemos sempre de goleada. Gritamos, incentivamos, fazemos promessas e apesar de nossa boa vontade continuamos perdendo.

Esta mesma analogia fazemos à Secopa. Nós cuiabanos e mato-grossenses torcemos, com fervor quase que religioso para que tudo dê certo, para que todas as obras e serviços necessários para a realização da Copa do Mundo sejam executados em tempo hábil e com qualidade desejável. Para isso, fecharmos os olhos para todos os erros e "equívocos", desde a concepção da Agecopa até a atual Secopa fomos aceitando tudo: a politização da excessiva do órgão que serviu para acomodar velhos políticos e seus apadrinhados; a licitação dos projetos a preços mil e prazos de entrega exíguos; a tentativa de nos empurrar goela abaixo uma empresa de outro estado para executar as avaliações; o escândalo do caso das lands rovers; a grande maioria das obras licitadas apenas com projetos básicos; os salários ruins e pouco atrativos para engenheiros e arquitetos que tenham efetivas experiências. Mas nos calamos quando vemos uma chace para que as coisas acontecessem. Bem, a nossa torcida incondicional não adiantou nada.

O que se pode concluir é que a Secopa não precisa de políticos e sim de técnicos "engenheiros", "arquitetos". A Secopa não pode ser vista como um trampolim político,uma fábrica de dinheiro para abastecer campanhas, ou uma oportunidade de se criar verdadeiras fortunas como é a prática corrente de nossos políticos.

Precisamos de técnicos de notorios conhecimentos que conduzam os projetos com uma visão holística, que considerem os impactos sociais, econômicos e ambientais de desenvolvimento de cada intervenção a ser feita. Que consigam congregar e dialogar todos os agentes de nossa sociedade, engenheiros, arquitetos, construtores, investidores imobiliários, proprietários de imóveis, bem como os agentes governamentais da saude e segurança pública; que consigam enxergar eventuais falhas de projetos, visto a exiguidade do tempo para elaborá-los e, redimensionar as ações se preciso for.

Muito antes de se falar em Copa do Mundo já existiam aqui em cuiabá, vários profissionais de notório conhecimento que estudavam a mobilidade urbana, a mudança do vetor de transporte, estudiosos, profundos conhecedores da realidade cuiabana que têm como profissão pensar no bem estar da cidade. E, realmente eu não entendo a não participação desses profissionais na equipe técnica da Secopa ou até mesmo na direção.

Bem, se até o Riva, Emanuel Pinheiro e o Wellington Fagundes, foram indicados para assumir um cargo sem serem técnicos, tomo a liberdade de escalar o meu time: Arquiteto José Antonio Lemos, Arquiteto José Afonso Portocarrero, Engenheiro Sérgio Magalhães, os professores e engenheiros Eldemir Pereira de Oliveira e Luis Miguel de Miranda e, o Eng Benedito Eliseu Schuring.Todos especialistas em sua área de atuação e gestores experimentados com profundo conhecimento técnico.

Não estou aqui depreciando o quadro técnico da Secopa apenas sugerindo reforços para que possamos virar o jogo e finalmente alcançar a vitória.

Jesuel Arruda é Engenheiro Civil diretor da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc-MT) e Conselheiro efetivo do Crea-MT

 

 

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