sexta-feira, 26/abril/2024
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Colhendo o que plantou – II

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È impressionante a criatividade que floresce em algumas cabeças “pensantes”, expoentes em empreendedorismo, dinamica financeira, macroeconomia e “curtura”, obviamente. No “testiculo” intitulado Colhendo o que plantou, o cidadao francês, ou Indu, pois nao é possivel que more no Brasil e tenha uma leitura tao equivocada da sustentabilidade do setor produtivo, ha sim, deve ser leitor aciduo da Veja..bitolado, cego ou puxa saco de algum politico, ligado umbilicalmente a operaçoes do tipo mensalao, sangessuga, etc pois atacar o setor produtivo nacional, um dos mais eficientes do mundo, de forma tao infame só pode significar tres coisas: 1º)Ingnorancia..(o coitado nao tem culpa de nao ter tido chance de estudar, se informar, ler, entender o que se passa a sua volta, etc..);
2º) Rabo Preso ( Irmao, primo ou puxa saco de algum corrupto ou corruptor ligado a este desgoverno que faz acordo com bandido, prestigia operaçoes como sanguessuga, mensalao, etc e bota policia em cima de gente de bem para impedir o grito de socorro legitimo e justo do homem do campo);
3º)Problemas de saude(mental) e neste caso me desculpe o jovem talento precursor do citado texto e façam-me o favor seus familiares e entes queridos de deixar um débil mental se expor a tamanha axincaliaçao e ridiculo. Por favor preservem a integridade moral deste coitado e impeçam que se exponha novamente a situaçoes tao repugnantes…
Para aqueles que nada tem a ver com a baboseira escrita no texto do senhor Gustavo Ugioni, segue uma bela defesa do setor produtivo nacional com algumas informaçoes que podem ser confirmadas em sites oficiais da Embrapa, Fundaçao MT, Conab, livros e revistas especializadas, nacionais e internacionais que qualificam a Agpropecuária Nacional, sua eficiencia, o proficionalismo de seus produtores e principalmente os desmandos da politica macroeconomica do governo federal, que ao contrário do que afirma o citado cidadao, nao prioriza a nenhum setor produtivo e sim somente o capital especulativo internacional e as entidades financeiras, alem de engordar prioritariamente as contas das estatais que alimentam este interminavel cartel de corrupçao institucionalizada.
A revista Veja publicou na útlima edição (10.05) que as pragas do
agronegócio são: ferrugem asiática, aftosa, gripe aviária, mas que a
maior delas é a falta de visão dos produtores. Concordo, a sociedade rural
foi cega ao acreditar neste País, arriscando tudo, fazendo do Brasil o
segundo maior produtor de alimentos do mundo, faltou visão ao esperar a
contrapartida que é infra-estrutura, respeito e incentivo para
continuar na atividade.

A Veja coloca de forma simplista que a crise não existiria se os
produtores tivessem feito hedge (fixação do valor do dólar no mercado futuro)
protegendo-se da desvalorização cambial. Ora, nem mesmo os maiores
economistas do Brasil previam esta baderna cambial do governo Lula,
caso contrário, as próprias multinacionais não teriam usado para faturamento
um câmbio 30% mais valorizado.

A matéria coloca o hedge como simples solução do problema cambial,
isto prova o total desconhecimento do jornalista com a realidade de nosso
país, em particular do setor produtivo. O produtor rural é humilde e, as
instituições governamentais de difusão de tecnologia e gestão pouco
fizeram, principalmente, na divulgação de como ele poderia utilizar as
ferramentas de segurança na gestão do risco do seu negócio. É
importante essaltar que víamos de uma política econômica onde o dólar a cada ano
subia. E o câmbio se diz flutuante…

Outro fator abordado foi relacionado ao preço dos insumos e do óleo
diesel, que impactaram seriamente nos custos de produção. A matéria coloca como
solução o uso de tecnologias que racionalizem a aplicação dos insumos.
A Veja esqueceu de apresentar estas tecnologias e, sem dúvida, quando o
fizer, os produtores ficarão eternamente gratos.

O Brasil tem no campo uma das melhores tecnologias do mundo. Tem
provado isto com o aumento de produtividade muito superior ao aumento de área
plantada. Tecnologia esta, que emprega o plantio direto para a maioria
das culturas e, ainda assim, para se produzir cada hectare (ha), na maioria
das lavouras, se gasta em torno de 160 litros de óleo diesel em toda a
cadeia produtiva. Claro que é possível reduzir este gasto de combustível, mas seria
preciso que o governo investisse em infra-estrutura, em estradas melhores. Se
tivéssemos ferrovias e hidrovias, como outros países, os custos seriam
muito menores, principalmente com o óleo diesel. Dos 160 litros gastos
por ha, mais de 100 são em frete de insumos e para levar o produto até o
porto.

Os agricultores e pecuaristas não vêem como reduzir este gasto, sem
investimento em infra-estrutura, apoio à biotecnologia e diminuição de
impostos e esperam que a Veja ensine a sua mágica. O óleo diesel do
Brasil é o mais caro do mundo, 1 dólar o litro, enquanto nos outros países
gira em torno de 0,50 centavos de dólar.

A ferrugem, outro grande problema que hoje causa enormes prejuízos,
seja pelo aumento de custos ou queda de produtividades e pela dificuldade de
seu controle, mesmo em áreas onde não se tem cultura de inverno, foi muito
agressiva. Quem dera as respostas viessem antes dos problemas e quando
se fala em doença não é tão simples como se coloca.

O produtor tem pagado muito caro para controlar pragas e doenças que
afetam a agropecuária. Custos estes que poderiam ser reduzidos se tivessem
genéricos realmente compatíveis com preços internacionais. No Brasil, o
produtor paga 40% a mais pelos agrotóxicos, isso porque o país é
extremamente burocrático com instituições governamentais corruptas e
ineficientes.

Não se é capitalista privatizando os ganhos e socializando os prejuízos
diz a matéria. Correto. Foi acreditando nisto, no regime capitalista do
governo brasileiro, que os produtores investiram, mas não pensavam em
socializar sua produção e seu patrimônio com os acionistas da Petrobrás, pagando o
óleo diesel mais caro do mundo, pagando impostos exorbitantes, os juros
mais altos do mundo para especuladores internacionais que não pagam
imposto algum ao País.

A reportagem colocou os produtores como grandes e imprudentes, pois,
investiram no tempo das vacas gordas na compra de terras, máquinas e
equipamentos. Nada mais do que justo, é da natureza humana e
empresarial querer crescer, acreditando no seu País e na seriedade dos seus
governantes.

O próprio governo fez isto, comprou terra e assentou, só em Mato
Grosso, 48.000 famílias que hoje ocupam uma área de 2,36 milhões de ha, sendo
assim, ele também foi imprudente, pois todos os assentados estão
endividados. Este governo, sim é anacrônico, pois assenta pessoas e
depois as inviabiliza.

As manifestações são legítimas, primeiro porque não se está pedindo
para o governo pagar a conta e sim para ele fazer seu dever de casa. Como
disse muito bem o empresário Antônio Ermírio de Moraes (presidente Cons.Adm.
Grupo Votorantim), indústria e tecnologia são degraus do
desenvolvimento, mas agricultura e pecuária são as âncoras de tudo. Não se deve matar a galinha dos ovos de ouro.

A matéria da revista Veja foi equivocada. Tenho certeza, a classe
produtora, em especial os que começaram este movimento O Grito do
Ipiranga, no norte de Mato Grosso, nos municípios de Ipiranga do Norte e
Itanhangá – onde se encontra o maior assentamento da América Latina, sendo eles da
agricultura familiar os primeiros a gritar pela falta de respeito e
justiça para com o produtor rural – ainda verão a revista publicar com
seriedade a real situação do campo. Certamente a crise chegará até ela, pois ao
contrário do que a Veja diz, o agronegócio é responsável por 33% do
PIB.

Justiça seja feita!

Paulo Adriano Cervo e agrônomo, produtor rural e internauta de Só Notícias em Sapezal

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