Três frentes, três desafios: participação mais efetiva da mulher brasileira no mercado de trabalho; evolução do processo democrático para uma maior integração da mulher na política; e, ações consistentes para o combate à mortalidade materno-infantil. Três frentes, três desafios que, obrigatoriamente, devem continuar a compor a agenda dos poderes públicos para a sociedade brasileira.
E, mais uma vez, em ano eleitoral no Brasil, essas três questões precisam ser debatidas, pelas comemorações do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Precisam e devem! O Brasil, que aponta dados espetaculares de sua evolução econômica, embora com oscilações que chegam a preocupar, não pode figurar, nesses três compromissos, como país ainda em processo de desenvolvimento.
O Partido Social Cristão (PSC), do qual muito me orgulha presidir a Regional de Mato Grosso, tem suas portas abertas para esses debates e quer ser agente participativo dessa ascendência da mulher brasileira, mato-grossense.
Ora, pesquisa de 2013 aponta que, em um ranking de 188 países, o Brasil carrega a bandeirinha número 156 na sua classificação como participação das mulheres na política. Países reconhecidamente mais atrasados na democracia têm mais mulheres no poder do que o Brasil. Parabéns para eles, embora estejamos bem mais evoluídos em outros direitos. Mesmo assim, lição para nós.
Defendemos maior participação da mulher na política por entendermos que está aí o ponto fundamental para todo um leque de mudanças. O exercício da política partidária é o único meio para a consolidação da democracia, porque é nessa luta que as barreiras são derrubadas, e os direitos e deveres dos cidadãos podem ser assegurados.
O PSC defende uma reforma na legislação eleitoral para a obrigatoriedade de uma divisão com o mesmo número de homens e mulheres candidatos nas listas partidárias para eleições, conforme os anseios da sociedade brasileira.
Hoje, as mulheres ocupam apenas 10% das prefeituras nos mais de cinco mil municípios brasileiros; e não passam de 12% nas câmaras municipais. Mesmo com a lei que reserva 30% das candidaturas para as mulheres, no Senado são pouco mais de 10% das 81 vagas e, na Câmara, essa representatividade não chega nem a isso das 513 cadeiras.
Com uma maior presença de mulheres nos parlamentos, e nos executivos municipais e estaduais, com certeza, o Brasil eliminaria nódoas vergonhosas do seu corpo social, formando, assim, uma sociedade mais justa.
Embora a participação das mulheres brasileiras chega a aproximadamente 50% no mercado de trabalho, conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2013, o mesmo estudo revela que jovens do sexo feminino são 70% dos desempregados na faixa etária dos 15 aos 24 anos de idade. Uma triste realidade, não só do Brasil, mas de toda a América Latina e do Caribe.
Observe-se que é aí, na faixa dos 15 aos 24 anos de idade, onde convivemos com os maiores índices de prostituição. E, não é mistério, um país combate a prostituição com investimentos na educação e na geração de empregos, que resultam em saúde. Daí, outra conquista vem com a redução considerável nas estatísticas dos óbitos de mães e de crianças. Três frentes, três desafios!
Metade da humanidade é mulher. O pilar de sustentação da família é a mulher, e 100% nascemos de mulher!!!. Mais da metade da população brasileira é formada por mulheres. O eleitorado feminino no Brasil é maior que o masculino. Portanto, as mulheres precisam de participação expressiva na política, que é por onde as sociedades se organizam e se fortalecem.
Assim, o investimento prioritário para a trajetória evolutiva das sociedades é com a consolidação da mulher no processo político-partidário. Parabéns, mulheres, pelo seu dia! O mundo vos reverencia. O Partido Social Cristão tem suas portas abertas. Sejam sempre bem-vindas! Obrigado. Um abraço.
Victório Galli é professor e presidente do PSC em Mato Grosso