sexta-feira, 26/julho/2024
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Análise política vs. Informação

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O estado democrático de direito pressupõe a plena liberdade de expressão. A imprensa exerce papel fundamental para a garantia dessa liberdade. Os articulistas que atuam na imprensa livre, de modo geral são pessoas com aguda percepção do presente e visão privilegiada de futuro. Todavia, eles necessitam de uma matéria-prima elementar a qualquer profissional: a informação. Sem ela, corre-se o risco de falar inverdades. De se fazer leituras equivocadas. Enfim, de desinformar o leitor. Um bom articulista não "chuta" informações. Recentemente, alguém se aventurou a fazer uma "análise" do bloco PROS/PP formado na Câmara Federal e, talvez justamente por falta de informações, equivocou-se na análise. Dizer que ao sair do PSB me vi "isolado" pelo fato do PROS não ter sido chamado para conversas, nem com legendas da base do governo e tampouco da oposição, não encontra ressonância no mundo real. O PROS nasceu em 24 de setembro deste ano. Até 05 de outubro tínhamos que filiar eventuais candidatos para 2014 e, até o dia 25 do mesmo mês, tínhamos que filiar pessoas com mandato que quisessem mudar de agremiação, sem caracterizar infidelidade partidária. Esse era o foco. Resultado? 14 prefeitos, 11 vice-prefeitos e 168 vereadores. O PROS se tornou um dos grandes partidos do Estado, presente em 106 municípios. Tudo isso em apenas um mês de vida. Pergunto então: era o momento oportuno para diálogos, quer seja com a "situação" quer seja com a "oposição"? Claro que não! Era momento de trabalho. E como trabalhamos! Agora, na sequência do planejamento, o PROS terminará de formar suas comissões provisórias nos municípios. A meta é instalar direções locais em 100% das cidades do Estado. Depois, virão os encontros regionais para ouvir as bases. É assim que se organiza um partido. O fato de não estar eventualmente presente em inaugurações não quer dizer absolutamente nada sob o ponto de vista político. Antes, eu era presidente de um partido que já vinha sendo construído desde 2007. As coisas andavam por si só. Hoje, sou presidente de um partido em construção. Se ficar indo a eventos festivos, quem irá cuidar da estruturação do partido? O espírito santo? Apenas para constar, o meu gabinete recebe regularmente os convites para eventos, tanto da Presidência da República, quanto dos chefes dos poderes executivos do Estado e de Cuiabá. Apenas, não me faço presente porque não tenho conseguido compatibilizar as agendas. De terça a quinta estou em Brasília. Nos demais dias da semana estou Cuiabá ou em viagem pelo interior de Mato Grosso organizando o PROS. Só isso! Nada mais que isso!

Em relação à aproximação com o PP em Mato Grosso, ela é uma consequência natural da formação do bloco no âmbito da Câmara Federal. A orientação da direção nacional do PROS foi no sentido de buscar, na medida do possível, repercutir essa união nos estados. Dai porque iniciei conversas com a direção estadual do PP que, inclusive, possui entre os seus filiados um possível candidato ao governo: o empresário Eraí Maggi. Pessoa, aliás, que admiro bastante. Tenho sido claro ao dizer, porém, que a formação do bloco não significa um alinhamento automático no Estado para as eleições. A posição oficial do PROS, em relação a 2014, somente se consolidará após os encontros regionais. Sem ouvir as bases, qualquer alusão de apoio, tanto para "A" ou para "B", é mera especulação. Todos os pré-candidatos que até aqui se apresentaram ao governo do Estado possuem valores. No momento certo o PROS vai definir o seu apoio. Como diz o ditado popular: "muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte".

Por outro lado, dizer que Valtenir não tem "articulação" e que prova disso foram os "conflitos no PSB", é pura falácia, é faltar com a verdade. Como que alguém que sai de um partido e carrega consigo 11 dos 12 prefeitos de sua antiga legenda pode ser um "desarticulado"? Como que um "desarticulado" sai de um partido com 82 vereadores e, em apenas trinta dias, forma uma bancada de 168 vereadores na nova agremiação? Então, pergunto: o que é ser articulado? A minha saída do PSB se deu exclusivamente por razões ligadas à falta de apoio da direção nacional, que por dois anos não se dignificou a homologar a comissão provisória, da qual eu era presidente, e também por divergências pontuais na capital. Nada tem a ver com o desembarque do PSB da base do governo Dilma. Minha decisão foi tomada muito antes disso acontecer. Não era segredo para ninguém que meu relacionamento com o prefeito Mauro Mendes havia se deteriorado há muito tempo. Alguém tinha que sair do partido. Por que não eu? Assim foi, por exemplo, com a ex-senadora Marina Silva quando saiu, sucessivamente, do PT e do PV. E com o próprio Mauro quando saiu do PR e foi para o PSB. Hoje, em legendas separadas, posso dizer que tenho um bom e cordial relacionamento com o prefeito Mauro Mendes. Prova é que destinei recursos para Cuiabá e continuarei destinando sempre. Aqui é minha casa; aqui é a minha base eleitoral. O povo cuiabano é mais importante do que eventuais picuinhas entre políticos. Sobre fazer "críticas" ao governo do Estado, cumpre avisar aos desavisados que essa não é minha postura. Ficar "batendo" em gestores não resolve problemas. Na medida do possível, busco contribuir com ideias. Por exemplo, vejo que o governador deveria chamar mais para si a administração. Existem muitos comandos. Como diria Rudolf Ihering, muitos "escaninhos de poder". Isso prejudica por certo a administração.

Finalmente, no que concerne à minha reeleição a deputado federal, as pesquisas recentemente publicadas falam por si. Os números estão ai para quem quiser ver, inclusive "articulistas". Tenho serviços prestados. Trabalho incansavelmente de domingo a domingo. Ninguém sai de vereador e vira deputado federal por acaso. Ninguém é reeleito com a terceira maior votação do estado e a primeira da capital também por acaso. Tudo isso é fruto de perseverança e de muito trabalho.

Valtenir Pereira – deputado federal e presidente do PROS/MT

 

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