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A pressão não faz um campeão

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Durante anos a aprendizagem da natação no Brasil foi realizada dentro de um modelo mecanicista e detalhista que visava mais o plano técnico do que o pedagógico devido principalmente ao fato de ter sido iniciada e supervisionada pelos técnicos e não por professores (Willian Urizzi de Lima, 2006), que utilizavam modelos de aprendizagem baseados em métodos calistênicos ou através de movimentos robotizados.

Como normalmente os alunos demonstram dificuldades em assimilar as informações pela velocidade e especificidade muitos não assimilam os exercícios e se desinteressam da natação. Houve a necessidade da mudança de estratégia onde os professores passaram a estudar a origem dos movimentos, ou seja, os aspectos intrínsecos e extrínsecos da aprendizagem. Os alunos passaram então a realizar os movimentos mais descontraídos e relaxados, possibilitando um aprendizado que fugia dos modelos até então praticados, apresentando estratégias coerentes com os níveis pedagógicos e maturacional de simples assimilação.

Sendo assim, é mais produtivo desenvolvermos aulas criativas sem muitos detalhes da técnica. Atividades globais em que o mais importante é a realização dos movimentos, mesmo que não sejam "técnicamente" perfeitos, lembrando que as crianças que aprendem a nadar sozinhas, na maioria das vezes, aprendem de forma mais descontraída sem muitas cobranças e pressões. Isso não quer dizer que os alunos não devam ser orientados, mas sim que as orientações estejam ao alcance deles.

Jorge Lavor Limeira Filho – professor de Educação Física

 

 

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