1- Novembro no calendário anual quase passa despercebido. Não sei se é por ser o penúltimo mês ou porque há outros motivos. No entanto, o mês de novembro carrega consigo uma conotação especial: a esperança. O estudante espera superar as provas e passar. O pai de família espera algo de melhor para o ano que vem. O empresário espera melhorar sua empresa e melhor servir as pessoas.
2- É fácil esperar resultados bons. Porém, muitas vezes esquecemos o mais importante: o que eu espero? O que eu preciso esperar de mim? E quando nos perguntamos estamos entrando no templo mais sagrado que é meu eu, o templo santo da consciência, do espaço onde eu tomo as minhas decisões que vão ajudar a mim e aos que me cercam. Por duas razões. Primeiro porque quando entro no "templo sagrado" do meu eu, estou percebendo quem sou. Percebo quais são as minhas carências, as qualidades que tenho e vem a perguntar o que devo melhorar?
Segundo, se eu melhorar vou ter bons relacionamentos com as pessoas que me cercam. Eu vou ser mais feliz e farei os outros mais felizes, meu mundo e o mundo dos outros melhora.
O mês de novembro me fez pensar num aspecto que as revistas não falam: a morte. O ponto certo de chegada para onde não levaremos material, palpável, só levaremos o bem que fizemos depositando numa total confiança a nossa vida nas mãos Daquele que nos deu a vida. Quem é que se salva? Aquele que vigia e deposita sua confiança no Senhor. Por isso o critério de uma vida futura foi dado por Jesus: Salva-se quem crê. Crer é fazer o que o Senhor manda. Converte-te e crê no Evangelho, crer é orar, depositar em Deus total confiança. Rezar sempre com os irmãos crer e abraçar ações conjuntas num caminho de santidade e de doação.
Maria Helena Texeira é religiosa em Sinop