terça-feira, 23/abril/2024
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A educação como objeto de campanhas políticas – parte 1

Gilson Nunes é jornalista em Cuiabá
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A Educação no Brasil desde os anos 60, 70, vem sendo criticada por suas precariedades em diversos níveis: falta de estrutura física e ambiente, professores mal remunerados, recreios desordenados ou sem o mínimo de qualidade necessária para um bem estar de descanso, alimentação durante a recreação, dentre outras. A crítica negativa parte de todos os lados: críticos políticos, intelectuais (em extinção no Brasil), jornalistas (hoje em dia desmoralizados sem saber o que é, ou deixa de ser a notícia que interessa), pais e, enfim, Brasil afora. Tal conhecimento também se confirma para aqueles que têm o dom de empurrar a responsabilidade para o outro. De forma constante e repetitiva, aos olhos da sensatez não passa de uma matéria de sustentabilidade dos discursos consequentes de cinismos. A única certeza que paira no ar, é que, Somente a educação fará o Brasil ser grande e soberano.

Relembrando a Educação de outrora, desde o inicio das décadas citadas, ela era, na verdade, não apenas objeto de socialização da criança. Era o desmembramento de um aprendizado que não tinha a conotação apenas de passar conhecimentos, do ler e escrever, matemática, geografia, história e ciências. A escola tinha o compromisso de fazer com que a educação fosse, também, a construção da personalidade do aluno a partir de sua matrícula. Além dos conhecimentos oferecidos aos alunos, também tinham aulas práticas e teóricas de bons comportamentos. Valia nota. Não parava por aí. Ainda acrescentava-se a ela um modelo de educação na qual o respeito mútuo entre os alunos era uma praxe, e o compromisso para com as tarefas realizadas em sala de aula e as levadas para fazer em casa, uma obrigatoriedade. Todo esse trabalho tinha o total apoio e reconhecimento dos pais.

A política do descaso na área educacional por parte dos governantes (legislativo e executivo) foi implantado no Brasil, foi introduzida de forma cirúrgica, calculada, sorrateira, como se nada estivesse planejado. Tanto é, que é verdade, que eles só falam em criar políticas públicas de qualidade para a educação, quando em campanha eleitoral ou eleitoreira. A intenção é: quanto mais burro o povo for, mais fácil será dominado, enganado, ludibriado.

O ensino público de tempos atrás competia com as melhores escolas particulares. Os professores eram quase os mesmos nas duas administrações e, assim, os alunos cresciam intelectualmente, tendo a mesma como se fosse a extensão de suas casas.
Tenho minhas sinceras duvidas sobre as reformas que o governo, ou governos, pretendem implantar no Brasil. Não se vê veicular propostas revolucionárias para a educação. Uma política, ao menos, capaz de fazer com que as gerações futuras possam sonhar com um Brasil de futuro, seja ele qual for.

O cerne da história é preocupante. Se a educação é o fator essencial e a base da cultura de um povo, acabar com ela para promoção pessoal e ambicionista, é tomar uma atitude tão imbecil, que só se é possível ser avaliada por um boçal.

Gilson Nunes é jornalista em Cuiabá

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