O estágio atual da humanidade traz profundos desafios aos educadores, profissionais que ajudam as pessoas a se tornarem cidadãos, em um mundo marcado por profundas transformações.
É incontestável que avançamos muito no domínio do conhecimento técnico cientifico, e hoje essas tecnologias possibilitam novos espaços de sociabilização. A partir desses espaços surgem novas configurações de saberes e capacidades que não estavam presentes na nossa sociedade. Assim, torna-se imperativo que o próprio ato de ensinar incorpore essas novas linguagens e ferramentas, possibilitando o amplo desenvolvimento do homem contemporâneo.
Por esses e outros motivos o papel do professor vem mudando. Mudando não só na tarefa de ensinar, de conduzir processos de aprendizagem, mas o próprio conceito de educar passa por intensas transformações ao longo do tempo, incorporando novas exigências e capacidades.
Além do exercício constante de interpretar e reinterpretar a realidade, que hoje se torna excessivamente dinâmica; além da necessidade de um processo de formação continuada, que permita ao professor adquirir cotidianamente novos saberes; há ainda outros fatores que atravancam uma outra educação.
Infelizmente, ainda, nos deparamos com a progressiva deterioração do espaço escolar, sem ainda a devida valorização profissional, com a falta de integração entre os espaços sociais (domiciliar, escolar, cultural, esportivo…).
É nesse contexto que está inserido o professor, sobrecarregado com tarefas nada simples, em meio a uma realidade extremamente complexa.
É por isso que saúdo os professores e professoras, guerreiros e ao mesmo tempo sonhadores que, apesar de tudo, seguem acreditando e não perdem a esperança, movidos por convicções e certezas:
• De estarem contribuindo para construção de seres humanos melhores;
• De que podem apreender e ensinar, trocando saberes com seus alunos;
• Na busca diária de superar desafios e alterar a realidade;
• De que mediando processos educativos, constroem, socializam o saber, transmitem valores de cidadania, respeito, justiça e democracia.
• De que não se pode falar de educação sem amor e sem diálogo;
• De se encantar com o novo, ensinar a ler o mundo;
• De que ensinar as crianças e os jovens a pensar, a comunicar esses pensamentos, a pesquisar, a ter raciocínio lógico, a fazer sínteses e elaborações teóricas, a organizar o seu próprio trabalho e a ter disciplina, vai torná-los independentes e autônomos.
Parabéns aos nossos professores e professoras, que fazem fluir o saber e que contribuem para a construção de um mundo mais justo, humano e saudável.
Para Paulo Freire, “ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. Para mim, vocês são essenciais.
Percival Muniz é deputado estadual pelo PPS de Mato Grosso