PUBLICIDADE

Volume de falências judiciais cresce 52% em Mato Grosso

PUBLICIDADE

As falências e recuperações judiciais voltaram a crescer em Mato Grosso. De janeiro a setembro o aumento foi 52% nas falências decretadas pela Justiça, indicando que 32 empresas já fecharam as portas este ano, por meio deste tipo de ação. O total representa mais da metade do registrado no mesmo período do ano passado, que somou 21 empresas. Já as recuperações, de acordo com a Serasa Experian, apresentaram aumento de 145% na variação anual.

Com relação às falências, o aumento mais considerável foi registrado em setembro, quando 24 empresas tiveram a falência decretada pela Justiça. O número provocou um salto no acumulado do ano. Representa crescimento de 300% perante o acumulado de agosto, que somava apenas oito empresas. Quando confrontado com setembro de 2016, o número é ainda maior, pois naquele período apenas duas empresas faliram.

O advogado Bruno Medeiros, que atua como administrador judicial, pontua que o crescimento é resultado das turbulências nos campos político e econômico. “A princípio transpareceu que a economia ia seguir o rumo dela, mas parece que isso não está ocorrendo”, diz.

De acordo com o consultor financeiro João Paulo Fortunato, vários fatores influenciaram o crescimento das recuperações judiciais e falências das empresas, várias delas em decorrência da crise. A estagnação econômica levou empresas de diversos setores a perda nas vendas e no faturamento, mas além das condições macroeconômicas, problemas de gestão também ampliaram as dificuldades.

“Um dos motivos é que os próprios bancos, desde 2015, estão sendo mais seletivos na concessão de crédito e isso prejudica sobremaneira na concessão do recurso. E o custo do crédito também ficou mais caro, com o aumento da taxa de juros mais altas do que antes da crise”, explica.

Segundo Fortunato, com a expansão da economia e juros mais reduzidos anteriormente, muitas empresas recorreram ao crédito para fazer investimentos e até mesmo para sustentar os seus negócios. O problema é que a recessão levou à perda do faturamento e provocou um arrocho cada vez maior das despesas, que somada à alta dos juros dificultou o funcionamento destes negócios. “Com a economia desacelerada, a perda na renda e no faturamento, chega um momento que o melhor caminho para as empresas é chamar os credores para fazer a negociação, por meio da recuperação, para conseguir cumprir suas contas e organizar o passivo”, diz.

As recuperações judiciais concedidas também acumulam aumento de 145%. Já somam 49 empresas este ano, enquanto em 2016 o número era de 20 concessões. A ferramenta, segundo o consultor, pode ser eficaz quando planejada e executada dentro do tempo adequado, quando ainda há condições de recuperação. “O instrumento é extremamente produtivo. Se bem utilizado, favorece todos os atores do processo, como a empresas, os credores, o judiciário e até mesmo o fisco”, garante.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Justiça marca data para julgar acusado de matar homem em Sinop

A justiça de Sinop marcou para 1° de setembro...

DNIT divulga prazo para concluir obras em rodovia de Mato Grosso onde asfalto cedeu

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou...

UFMT abre 1,8 mil vagas remanescentes em cursos superiores em Sinop e mais cidades

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) divulgou o...
PUBLICIDADE