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Umidade do ar começa a ficar ruim em algumas cidades de Mato Grosso

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Tempo claro e estável. A previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), recorrente nos últimos dias no estado de Mato Grosso, indica a época seca, que esse ano está apresentando temperaturas acima da média, além da já esperada baixa umidade do ar.  Nesta semana, a umidade chegou ao nível de 15% em cidades da porção leste e sudeste do estado. Até o sábado (8), praticamente todos os mato-grossenses estarão sujeitos à essa faixa de alerta, que indica umidade entre 20% e 12%. Entretanto, a chegada de frente fria no domingo, trazendo chuva para o centro-sul do estado, afasta temporariamente o risco da umidade ficar abaixo de 12% e configurar situação de emergência.

Friagens, como a que ocorreu no final de julho, abaixaram os termômetros em até 10ºC durante as passagens dos fenômenos e aliviaram o calor na baixada cuiabana e no pantanal durante o último mês, deixando a temperatura média ligeiramente abaixo da climatologia. Porém, no restante do estado, sobretudo no norte, a temperatura média de julho subiu quase 2ºC. Tempo quente e baixa umidade ainda perduram no mês de agosto, já em setembro as chuvas iniciam aos poucos, diminuindo a seca.
 
A atual combinação climática favorece a queima da vegetação e, assim, os focos de calor se alastram. Levando-se em conta os registros de todos os satélites, de 1 a 31 de julho foram 5.304 focos no Mato Grosso. O número é inferior ao registrado em 2008, quando houveram 6.843 focos, mas ainda preocupante. No mesmo período desse ano Rondônia teve apenas 149 focos de calor, enquanto o Acre apresentou somente 10.
Além de prejudiciais ao meio ambiente, os gases eliminados pelas queimadas interferem na saúde humana. Nessa semana, pela leitura dos satélites realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a concentração de monóxido de carbono já apresenta níveis críticos no centro-norte do Mato Grosso, coincidindo com a presença das queimadas.

A fumaça compromete a qualidade do ar no estado e também em Rondônia, onde chega carregada pelo vento. E os danos não páram por aí. Dependendo da quantidade e das condições das massas, o ar contaminado pode chegar aos Andes, descendo até a Argentina.

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