O Tribunal Regional Federal acabou de conceder hábeas corpus na Operação Fronteira Branca que tinha a finalidade de desarticular o trafico internacional de drogas. Dos 72 presos temporários em Mato Grosso, Rondônia, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo, apenas Celso Fernandes Alencastro de Cuiabá tinha sido solto pelo juiz federal Torurinho Neto em habeas corpus impetrado pelo advogado Valber Melo Agora. Dessa vez, a vereadora de Vila Bela da Santíssima Trindade Janine Elizabeth Francisco Veloso Silva que teria sido presa pelo juiz de Cáceres, apenas por sua mãe ter efetuado um depósito em sua conta, supostamente proveniente de dinheiro de tráfico.
A liminar foi concedida pelo substituto de Tourinho Neto, que está de férias. Ao analisar o pedido, o desembargador federal substituto acatou todos os argumentos dos advogados Valber Melo e Eustaquio Neto. Melo argumenta que a prisão foi arbitrária, pois além dela não possuir nenhum nexo com as investigações, não existiam os pressupostos da prisão temporária no que tange a vereadora. Janine e terceira a ser solta na operação. Os outros investigados ainda continuam todos presos.
A investigação foi iniciada em 2006 a partir da identificação de um boliviano de San Matias/Bolívia como fornecedor de cocaína para diferentes grupos criminosos estabelecidos no Brasil. Posteriormente a Polícia Federal conseguiu identificar mais 6 grupos criminosos relacionados com o tráfico na região de fronteira sendo formados por supostos traficantes brasileiros em associação com fornecedores bolivianos e, em um dos grupos, líderes da facção criminosa, Primeiro Comando da Capital – PCC. Ao todo, durante o transcurso da operação foram apreendidas várias toneladas de cocaína.