O corpo de Clenilda da Silva, de 50 anos, foi atingido por uma bala perdida quando era velado, hoje à tarde, no cemitério São Francisco de Paula, no Catumbi, zona norte do Rio. “É um fato inédito, o cemitério existe há 150 anos e foi a primeira vez que alguém morreu duas vezes. É mole? A gente vive numa cidade surreal, o Rio tá brabo”, disse Elinaldo Manoel da Silva, que trabalha no setor administrativo do cemitério.
O atestado de óbito não informa a causa da morte da aposentada, apontada como “indeterminada”. A bala, provavelmente de fuzil, atravessou a janela da capela, estilhaçando o vidro, e perfurou o caixão de Clenilda, que foi enterrada com a bala alojada na bacia.
O velório foi realizado em meio a um tiroteio no vizinho Morro de São Carlos. “Graças a Deus não tinha ninguém na capela H, onde ela estava sendo velada”, disse o funcionário.
Parentes e amigos de outros mortos jogaram-se no chão durante a troca de tiros, que durou cerca de dez minutos. Duas horas após o incidente ainda era possível ouvir disparos no cemitério. “Já estamos acostumados com isso aqui”, declarou Silva. No fim da tarde, a Polícia Militar informou que um menor foi baleado durante operação no Morro de São Carlos.
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Tinha que ser no Rio de Janeiro: defunto leva bala antes de ser enterrado
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