quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Termina 1ª fase de operação 3 Fronteiras e multas chegam a R$69 milhões

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A maior operação realizada pelo Ibama em Mato Grosso, no segundo semestre deste ano terminou nesta semana. O trabalho deu ênfase ao combate a atos ilícitos ambientais na região de Colniza, sabidamente uma das mais problemáticas do Estado em relação à matéria ambiental, fundiária e de segurança pública. Exército, Força Nacional de Segurança e a Polícia Federal também se envolveram.

Foram 60 dias na região Noroeste, na divisa com os estados de Amazonas e Rondônia, abrangendo uma área de aproximadamente 60 mil quilômetros quadrados. Foram lavrados cerca de 140 autos de infração, que somados chegam próximos ao valor de R$69 milhões. Diversos ilícitos ambientais, principalmente relacionados a desmatamentos e comércio ilegal de madeira foram verificados. Mais de 15 mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente foram embargadas e os dados dos infratores estão sendo processados para lançamento na lista de áreas embargadas implantada pelo Ibama, que deu maior transparência e controle das atividades.

Outro foco da ação foi voltado a extração ilegal de madeira, que naquela região motiva muitos dos conflitos fundiários, sendo que novamente foram encontradas irregularidades, sendo apreendidos 7,5 mil metros cúbicos de madeira em tora e serrada, além de diversos caminhões, tratores e motosserras.

Além da fiscalização, agentes promoveram ainda serviços na área da educação ambiental em toda a região, com palestras, reuniões, em mais de 50 eventos, atingindo um público superior a 2,5 mil pessoas, com destaque nas áreas rurais e assentamentos.

Devido a forte presença estatal na região, durante os 60 dias de duração, onde o contingente envolvido variou de 50 a 100 agentes do governo federal não faltaram manifestações populares de agradecimento, devido à queda evidente dos índices de criminalidade na região que é considerada umas das campeãs em violência no Brasil.

A operação teve ainda forte atuação em questões federais como incursões em terras indígenas, como as de índios Isolados Piripkura e Rio Pardo, além do Parque nacional do Juruena, todas áreas protegidas.

O planejamento da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama em Brasília elenca a região como prioritária para o retorno de grandes ações para o ano de 2009. A Operação 3 Fronteiras integra a operação Guardiões da Amazônia, com ações em toda a Amazônia Legal, e faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle de Desmatamento na região, em vigor desde 2004.

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