A taxa de homicídios em Mato Grosso registrou queda, conforme levantamento que consta no Atlas da Violência, divulgado na semana passada. O estudo, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que, entre 2015 e 2016, houve diminuição de 3,1% no número de pessoas assassinadas no Estado, a cada grupo de 100 mil habitantes.
De acordo com o estudo, em 2015, Mato Grosso registrou 36,8 homicídios a cada grupo de 100 mil pessoas. No ano seguinte, esta taxa caiu para 35,7. Entre 2006 e 2016, no entanto, houve aumento de 13,8%, uma vez que dez anos antes a taxa era de 31,4 mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes. Entre 2011, que tinha taxa de 32,8 assassinatos, e 2016, o aumento foi de 8,8%.
Em números absolutos, o Atlas revelou que 1.180 pessoas morreram de forma violenta em Mato Grosso no ano de 2016. Em comparação com 2015, quando 1.205 pessoas foram assassinadas, houve redução de 1,9%. Em contrapartida, quando feito comparativo com 2006, quando houve 896 vítimas de homicídios, o aumento foi de 31,7%.
Mato Grosso registrou taxa de mortes violentas acima da média brasileira. Conforme o estudo, em 2016, 62.517 pessoas foram assassinadas no Brasil, o que equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes. A taxa de homicídios no Brasil corresponde a 30 vezes a da Europa, e o país soma 553 mil pessoas assassinadas nos últimos dez anos.
Todos os estados que lideram a taxa de letalidade estão na Região Norte ou no Nordeste: Sergipe (64,7 para cada 100 mil habitantes), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). As maiores variações na taxa foram observadas em São Paulo, onde houve redução de 56,7%, e no Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 256,9%.