Os convênios do projeto Produtor de Água e Pagamento por Serviços Ambientais serão assinados daqui a pouco. A lei municipal que instituiu o pagamento por serviços ambientais. “Agora a preservação de micro bacias vale dinheiro para agricultores de Tangará da serra. O projeto tem esse objetivo, o pagamento por serviços ambientais. E foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente para servir como exemplo de boas práticas ambientais, um dos resultados do pacto que está sendo construído há quase dois anos juntamente com 25 Municípios da região visando atuar na defesa das cabeceiras do Pantanal ,com participação da câmara de vereadores, Unemat e Comitê da Bacia Hidrográfica do Sepotuba e WWF Brasil”, explica o vereador Sílvio Sommavilla, autor do projeto juntamente comLuiz Henrique Barbosa Matias (PTB).
Com esses convênios, Mato Grosso será o primeiro do Estado a assumir uma posição firme de remunerar aqueles que têm consciência de que é preciso preservar. Para Tangará da Serra a iniciativa é ainda melhor, pois o início do projeto atenderá justamente a micro bacia do rio Queima Pé, que abastece a cidade.
“Nos últimos anos o rio não tem dado conta do abastecimento ideal, por causa da impermeabilidade, manejos e conservação do solo, estradas, devastação das matas no entorno de nascentes e margens. Isso tudo diminuiu consideravelmente o volume das águas.
E foi pensando em restaurar essa vegetação e aumentar a permeabilidade em toda a extensão da micro-bacia e, consequentemente, evitar a falta de água, que surgiu o pagamento por serviços ambientais”, pontuou Sommavilla.
Pelo projeto, o proprietário rural que preservar ou reflorestar as áreas em torno da nascente e do leito, bem como em toda a micro bacia, receberá pelos serviços. Os recursos para o pagamento virão do fundo especial para a recuperação hidrográfica do município – fundo que, antes mesmo de ser criado, já havia recebido doações de parceiros e usuários de água.
O projeto foi apresentado à Agência Nacional de Águas (ANA) pelo Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sepotuba e pela Prefeitura Municipal de Tangará da Serra. A proposta foi aprovada. Além disso, o WWF-Brasil, com apoio do Programa pela Água, mantido por um banco e outras duas empresas, investirá recursos no fundo que será administrado pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) com apoio técnico da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Ministério Público Estadual (MPE).