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Tamanduá resgatado em semicoma após ser atropelado retorna ao Pantanal

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Um tamanduá-bandeira foi devolvido à natureza, este fim de semana, pela secretaria estadual de Meio Ambiente, no Pantanal mato-grossense, após se recuperar de lesões causadas por atropelamento. O resgate foi feito no centro de Jangada (75 quilômetros de Cuiabá) pela concessionária que administra a rodovia, que o levou para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET)

O macho adulto, com aproximadamente 38,5 quilos, foi internado apresentando desidratação e escoriações pelo corpo, principalmente em membros esquerdos. Na avaliação física, não foram encontradas fraturas evidentes. Ao longo do tratamento, foi feita a retirada de alguns fragmentos plásticos, possivelmente do automóvel que colidiu com o animal, além da implementação do protocolo para controle de dor e do trauma cranioencefálico.

O animal ficou três dias em estado semicomatoso, um tipo de coma mais leve, com tratamento intenso e monitoramento frequente. A progressão do quadro clínico foi satisfatória e após oito dias internado no Setor de Animais Silvestres da UFMT, recebeu alta. O tamanduá foi solto ao redor da pousada Aymara, na Transpantaneira, em Poconé. Sua soltura foi abrupta, quando o animal volta imediatamente para a natureza.

“Ele teve uma perfeita resposta aos medicamentos e teve condições desta forma de ser solto de volta na natureza sem precisar passar pelo processo de aclimatação. Como foram poucos dias em tratamento ele não perdeu o seu instinto de vida livre”, destaca o analista de meio ambiente da Gerência de Fauna da Sema, Flávio Thiel, que acompanhou a soltura.

Este é o segundo tamanduá-bandeira solto em uma semana no Pantanal, pela Sema. Na última sexta-feira (26), Miga, uma fêmea que foi resgatada filhote durante incêndios florestais na região de Poconé, e estava sob os cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Lucas do Rio Verde, foi levada para a Transpantaneira para o início do processo de readaptação da vida selvagem.

Devido a ficar anos vivendo na unidade, Miga deverá passar por processo de adaptação e aperfeiçoamento na capacidade de buscar cupins, formigas e um abrigo seguro. Ela está em um recinto da Organização não governamental Ampara Silvestre, que possui uma área grande para as ações, devendo ser solta em breve.

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