A situação ainda é delicada no interior do município a poucos meses depois do período mais crítico das chuvas. A prefeitura faz reparos e tenta pelo menos recuperar as principais vias, de acesso a assentamentos e também com objetivo com dar agilidade no transporte de grãos. “Mas está difícil”, segundo o secretário de Transportes, Romélio Gardin, que destacou não ter recebido ainda nenhum recurso do governo do Estado ou Federal como apoio.
Sorriso tem pouco mais de 2,6 mil quilômetros de malha viária não asfaltada (rodovias estaduais e estradas municipais), e segundo o secretário, as chuvas danificaram grande parte deles. “O que temos feito agora é tudo com recursos próprios, óleo diesel, máquinas, mas está complicado. Já mexemos em algumas estradas para garantir o tráfego, mas é temporário. Nas rodovias estaduais nem vamos mexer agora. Estamos vendo o que é prioridade”, destacou ao Só Notícias.
Romélio afirmou que em alguns casos é feita parceria com produtores rurais. “Mas do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação) nada. Acho que nem deveria ser criado, porque nunca vimos e nem recebemos desse imposto, é um absurdo ser cobrado. Tudo que temos feito é por conta própria, também nem recebemos nada ainda do governo federal, sobre a situação de emergência (devido as chuvas)”, criticou.
A expectativa de apoio imediato é pouca, mas a médio prazo, fica por conta das mudanças na lei do Fethab, que prevê 50% da arrecadação estadual para os municípios, mas só entra em vigor a partir de 2015. Amanhã, Associação Mato-grossense dos Municípios divulga o índice preliminar de divisão para as cidades, com base em mapas e dados das estradas enviados.