Outra etapa do trabalho de combate a dengue é a limpeza de terrenos baldios onde há lixo que acumula água das chuvas e os moquito se reproduzem, aumento o índice de infestação e, consequentemente, de casos de dengue.
A secretaria de Obras está fazendo a limpeza em vários bairros e estuda uma maneira de criar mecanismos para que estes terrenos baldios sejam conservados limpos por seus proprietários. A prefeitura estima que há mais de 3 mil terrenos baldios.
De acordo com o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Nery Cerutti, “infelizmente existe na cidade uma inversão de papéis, já que a maioria das pessoas acredita que o trabalho de limpeza destes terrenos seja de responsabilidade da prefeitura. A lei é bem clara e por isso precisamos frisar que a responsabilidade é do munícipe, ou seja, do proprietário”, ressalta.
Mais de 70% destes terrenos, segundo o secretário, foram adquiridos pelos proprietários para especulação imobiliária, ou seja, obter um terreno a fim de que o mesmo valorize para ser vendido mais tarde por um preço maior. “É direito do proprietário especular, mas, também é preciso que ele saiba que é dever dele manter estes terrenos limpos para evitar que hajam maiores problemas para a cidade”, alerta Cerutti, lembrando, por exemplo, da proliferação de baratas, ratos, caramujos africanos e mosquitos da dengue nestes locais. “Além de oferecer mais saúde, um terreno limpo dá outro aspecto à cidade. Por isso é preciso que a população se conscientize sobre o seu papel”, reforça.